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DÉCIMO SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19 de julho de 2020

Publicado por Frei Carlos Raimundo Rockenbach | 15/07/2020 - 16:15

DÉCIMO SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19 de julho de 2020

Deus, o Semeador paciente e misericordioso.

ACOLHIDA
Animador: A todos os irmãos e irmãs em Cristo: Paz e Bem! Movidos pela fé queremos celebrar
o amor e a paciência misericordiosa de Deus, que quer que ninguém se perca, mas todos
alcancem a salvação. O trigo do bem e o joio do mal são semeados no coração humano, mas
Deus espera pacientemente nossa conversão para colher muitos e bons frutos. Iniciemos nossa
celebração, cantando.
ATO PENITENCIAL
Animador: Reconhecendo-nos infiéis e pecadores, ao Senhor nosso Pai, supliquemos sua
misericórdia paciente, fiel e amorosa.
- Pelas vezes que julgamos e condenamos as pessoas, classificando-as e rotulando-as
impiedosamente, Senhor, tende piedade de nós.
- Pela nossa impaciência e falta de perseverança exigindo resultados imediatos como resposta
aos nossos desejos, Cristo, tende piedade de nós.
- Pela falta de confiança no poder de Deus que se manifesta no amor na misericórdia, e pelas
vezes que desanimamos diante da maldade do mundo, Senhor, tende piedade de nós.
HINO DO GLÓRIA
Animador: Rendamos graças ao Senhor pela sua misericórdia e amor, bem como pela bondade
dos irmãos que enriquecem a nossa existência com sua amizade e apoio, cantando com alegria.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Sb 12,13.16-19
2ª Leitura: Rm 8,26-27
Evangelho: Mt 13,24-30 (ou Mt 13,24-43)
REFLEXÃO
A liturgia deste domingo nos leva a refletir sobre a clemência de Deus, sua fidelidade, seu
amor, paciência e perdão para conosco. Também nos leva a descobrir a preciosidade, a
importância vital do Reino de Deus e o quanto ele é essencial para a nossa vida cristã, a vida de
nossas comunidades e de toda a humanidade.
O que é o reino de Deus? Como ele acontece em nosso meio? Que participação nós
temos nele? Como ajudar a construí-lo? As leituras do dia de hoje querem nos ajudar a responder
estas perguntas. A primeira leitura, do livro da Sabedoria, não fala diretamente do Reino de Deus,
mas do próprio Deus, que ao contrário de um Deus punitivo, vingativo, impaciente e rancoroso, ou
seja, a concepção de um Deus à nossa imagem e semelhança, ao contrário nos revela um Deus
paciente, clemente, cheio de compaixão e amor por nós, sempre pronto a perdoar e nos dar
novas chances. Nós é que nem sempre sabemos aproveitar as oportunidades que ele nos dá.
Não há um Deus tão justo quanto o nosso. Vale lembrar que a justiça divina, passa pela
misericórdia e pela paciência conosco. É um Deus indulgente, principalmente com os que erram e
se desviam do seu caminho. Ele não quer a morte do pecador e sim que se converta e viva.
É um Deus bondoso, porém bondade não é sinônimo de omissão ou de descaso com as
vítimas das injustiças e perversidades humanas. Deste modo entendemos quando o livro da
Sabedoria diz: “Mostras a tua força a quem não crê na perfeição do teu poder; e, nos que te
conhecem, castigas o seu atrevimento. Julgas, porém, com clemência e nos governas com
grande consideração”. Com este procedimento clemente, ele nos ensina a sermos mais
humanos, tornarmo-nos mais divinos porque quem age conforme Deus ensina, com amor,
clemência e compaixão, se aproxima de Deus, e todo aquele que se aproxima de Deus recebe
uma parcela de sua divindade.
A compaixão de Deus se manifesta através do seu Espírito que vem em socorro da nossa
fraqueza, como nos diz São Paulo. Deus sabe de nossas fragilidades, ele não vê em nós um

pecador, mas filhos tomados pelo mal, escravos do pecado. Por isso, o Espírito Santo intercede
por nós com gemidos inefáveis. É preciso deixar que o Espírito Santo penetre o íntimo de nossos
corações, de nossa vida, e transforme tudo o que há de mal dentro de nós.
No Evangelho, Jesus nos apresenta as parábolas do Reino. A primeira delas nos fala do
joio e do trigo. Mostra-nos que aparentemente, as pessoas são semelhantes. Mas é somente
pelas obras, pelos frutos que se identifica o que é bom e o que é mau. O joio é muito similar ao
trigo na sua fase de crescimento. Só na hora da colheita é possível identificar um e outro e
eliminar o que não é trigo. Não cabe a nós fazer o julgamento, somente Deus pode julgar e
recolher o trigo ao seu celeiro e jogar o joio no fogo que não se apaga. A parábola da semente de
mostarda mostra que, por menor que seja o bem que fazemos, ele pode se tornar grandioso na
vida das pessoas e no mundo quando somado a tantos outros gestos de bondade, justiça e
solidariedade. Sobre o fermento na massa, Jesus nos mostra que a prática do bem, mesmo que
invisível, tem o poder de transformar a realidade, como o fermento transforma a massa, fazendo-
a crescer.
Devemos ser como a semente de mostarda: pequenos na nossa humildade, porém
grandiosos no resultado de nossas ações. E fazer tudo em silêncio, transformando o mundo e as
realidades de injustiças, sem querer aparecer e nos autopromover, pois sabemos que “é Deus
que realiza tudo em todos”.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Ao Deus paciente e bondoso supliquemos com toda a confiança: Senhor, dai-nos
um coração misericordioso e bom.
1 – A Igreja semeia no mundo o amor, a fraternidade e a solidariedade. Para que saibamos ouvir
sua voz e acreditar na força do bem semeado, rezemos.
2 – Pela nossa comunidade, para que continue sendo semeadora do bem, da vida, da esperança
e da paz, com entusiasmo e amor, sem esmorecer e desanimar, rezemos.
3 – Pelas nossas famílias, para que perseverem na sua missão de semeadores do bem no
coração de seus filhos e dos seus amigos, combatendo sempre o mal que afeta a humanidade,
rezemos.
4 – O mundo suspira pelas sementes do bem, da esperança, da verdade e da alegria. Para que
sejamos semeadores do trigo de Jesus por onde passamos, rezemos.
OFERTÓRIO
Animador: Ao Senhor ofertamos o trigo da bondade que Deus semeou em nosso coração e no
coração da humanidade. Que esta semente, fecundada pelo cultivo da espiritualidade e do
engajamento produza abundantes frutos. Cantemos.
COMUNHÃO
Animador: O Senhor Jesus vem a nós na Eucaristia como alimento de vida para nutrir nosso
amor e nossa bondade. Participemos da Mesa do Senhor, cantando.

Sobre o autor
Frei Carlos Raimundo Rockenbach

Frei Capuchinho da Província Sagrado Coração de Jesus, Rio Grande do Sul