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SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

Publicado por Frei Carlos Raimundo Rockenbach | 18/11/2020 - 08:06

SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

22 de novembro de 2020
"Jesus Cristo Rei, humilde servidor"

ACOLHIDA
Animador: Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos a esta celebração com a qual encerramos mais um
ano litúrgico. Colocamos agradecidos na mão do Senhor todas as bênçãos e graças, alegrias e
conquistas na edificação do Reino de Deus. Cristo Rei está entre nós como aquele que serve. O
reinado de Cristo é marcado por aquele zelo que o Pastor tem por suas ovelhas. Confiemo-nos a
Jesus Rei, humilde servidor e sigamos com Ele rumo à nossa redenção. Com alegria, iniciemos
nossa celebração cantando.
ATO PENITENCIAL
Animador: O critério de julgamento que o Rei utilizará quando vier na sua glória, serão nossas
obras, o que tivermos feito ou deixado de fazer em favor de nossos irmãos pobres e
necessitados.
- Pelas vezes que a cegueira do nosso egoísmo impediu de reconhecermos Jesus Cristo nos
pobres e necessitados, Senhor, tende piedade de nós...
- Pelas vezes que não fizemos do serviço generoso e gratuito nosso modo seguirmos o ser, o agir
e os estilo de vida de Cristo Rei, Cristo, tende piedade de nós...
- Pelas vezes que compactuamos com esta sociedade excludente e com o sistema econômico
que descarta e mata, Senhor, tende piedade de nós...
HINO DO GLÓRIA
Animador: Na vida, está a realeza universal, constituída pelo poder da Palavra, do serviço e do
amor ao Senhor. Louvemos ao nosso Rei, cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Ez 34,11-12.15- 17
Salmo 22 (Sugestão: cantado)
2ª Leitura: 1Cor 15,20-26.28
Evangelho: Mt 25,31-46
REFLEXÃO
Neste último domingo do Ano Litúrgico a liturgia nos coloca diante de Jesus Cristo, Rei do
Universo, e diante dos irmãos e irmãs pobres, famintos e sedentos, presos e doentes, nus e
abandonados, com os quais Jesus Cristo se identifica, nos quais ele está realmente presente.
Queremos, como Igreja, Povo de Deus, aprofundar nossa identidade, vocação, espiritualidade e
missão; e testemunhar Jesus Cristo e o seu Reino na sociedade”, pois pela consagração batismal
participamos da missão profética, sacerdotal e régia de Jesus Cristo.
Jesus é nosso Rei. Seu ser, seu agir, seu estilo de vida, suas palavras não deixam
dúvidas. Só que o seu reino não é como os reinos deste mundo. Ele mesmo diz isso a Pilatos
como também aos apóstolos Tiago e João, quando eles almejam prestígio e lugares de destaque.
No Reino de Deus, o maior é aquele que serve humildemente e é capaz da doar sua vida em
favor da vida de muitos. Jesus apropriou-se da condição dos pobres, sofreu com eles, teve
compaixão por eles, lhes revelou a misericórdia do Deus do Reino, do Deus da vida, e se
comprometeu com sua causa libertadora. Jesus não exerceu seu reinado a partir de um palácio,
mas fixou sua tenda entre os pobres da terra, entrou na história dos pobres e a assumiu como
própria. Deus se revela nos e desde os acontecimentos históricos, a partir deles e neles Deus
chama, interpela e manifesta sua vontade, desta forma, os acontecimentos tornam-se
sacramentais, reveladores do agir de Deus.
A prova de que somos discípulos de Cristo Rei, Servo e Pastor, é fazer o que Jesus fez.
Viver o amor na sua radicalidade. Cuidar das ovelhas fracas e doentes, buscar as ovelhas

perdidas, extraviadas e abandonadas. Empenhar-nos para construir um mundo sem senhores e
sem escravos, lutar contra um mundo desigual de uns abastados e a quase totalidade do povo
desprovida do mínimo necessário para viver dignamente. Participar do Reinado de Jesus, como
membros de seu corpo, é lutar para que “todos tenham vida em abundância”.
O profeta Ezequiel nos fala que uma pátria dilacerada, sem lideranças comprometidas com
a libertação das pessoas, onde o povo se torna cada vez mais massa de manobra e joguete dos
interesses dos poderosos. Ezequiel é o profeta da esperança e porta-voz do Deus libertador. Ele
apresenta a imagem de Deus como pastor, anima o povo a crer em Deus que liberta e salva as
vítimas da ganância dos poderosos. Deus vai retirar seu povo da escravidão, cuidará para que o
direito e a justiça sejam a base da nova sociedade.
Esta imagem do pastor volta no evangelho, agora, como aquele que sabe distinguir as
ovelhas dos cabritos, ou seja, aqueles que são dóceis ao Senhor e escutam sua voz, daqueles
que são rebeldes e não seguem seus ensinamentos. Estamos diante do julgamento final, que terá
como critério o que tivermos feito ou deixado de fazer em favor dos pobres, excluídos,
descartados, com os quais Jesus se identifica.
Seremos reconhecidos e acolhidos por Deus quando saciamos a fome e a sede dos que
estão famintos e sedentos; quando acolhemos os estrangeiros, os refugiados; quando ajudamos
a vestir os que estão nus e desamparados; quando cuidamos dos doentes e sofredores; quando
visitamos os encarcerados, enfim, quando fazemos algo para diminuir o sofrimento do nosso
próximo. Não basta cumprir os preceitos religiosos. Para sermos reconhecidos por Deus é preciso
estar comprometido com a vida desses pequeninos nos quais Jesus está realmente presente. Se
assim procedermos poderemos ouvir o suave convite: “Vinde. Benditos de meu Pai, recebam
como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo”.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Nesta solenidade de Cristo Rei, vamos proclamar, cantando/rezando, após cada
prece: "Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre! Ontem, hoje e sempre, aleluia!"
1 – Na Igreja, que anuncia o Reino de Vida, Verdade e Justiça, cantemos.
2 – No trabalho e nas escolas, fontes de vida, conhecimento e dignidade, cantemos.
3 – Na família, missão, vida, segurança e berço da fé, cantemos.
4 – Na comunidade, espaço de encontro, partilha e fraternidade, cantemos.
5 – Nos diferentes lugares em que os leigos atuam como agentes de transformação do Reino,
cantemos.
OFERTÓRIO
Animador. O Batismo nos recorda compromisso com Jesus Cristo e o seu Reino. Junto com o
pão e o vinho queremos oferecer nossa missão, nosso serviço aos irmão e irmãs na comunidade,
cantando.
COMUNHÃO
Animador: Na Eucaristia, Cristo nosso Rei se dá em alimento, transformando-nos e libertando-
nos. Aproximemo-nos da Mesa Sagrada, cantando.

Sobre o autor
Frei Carlos Raimundo Rockenbach

Frei Capuchinho da Província Sagrado Coração de Jesus, Rio Grande do Sul