Marau - RS
Destacou-se na Pastoral e na Formação
Registro
Com a presença dos bispos, Dom Frei Osório e Dom Frei Orlando, o Provincial, Frei Álvaro e os definidores Freis José Lagni e Evaldo Freitas, mais 23 sacerdotes e diversos freis da Província, foi sepultado em Garibaldi, nesta manhã, o Frei Avelino Bernardi Primo, falecido ontem, quinta-feira santa. Com autorização de Dom Paulo Moretto, bispo diocesano, foi celebrada a Missa de corpo presente na Matriz de Garibaldi e, em seguida, o corpo foi levado ao cemitério.
Frei Avelino pediu para ser sepultado no Cemitério de Garibaldi ao lado de seu tio, Frei Paulino e do colega, recentemente falecido, Frei Danilo Pagliari. Tinha 76 anos, 55 de vida religiosa e quase 49 de sacerdócio. Foi submetido a uma cirurgia de estômago, mas não resistiu porque o câncer já tinha tomado conta. A missa de corpo presente foi transmitida pela Rádio Garibaldi.
Informações pessoais
Filho de Avelino Bernardi e Aurélia Mognon. Natural da Comunidade São Luiz, de Marau (RS), Frei Avelino Bernardi Primo, o primeiro de 13 irmãos, nasceu em 18 de março de 1933, filho de Egídio Bernardi e Aurélia Mognon. Entrou para o Seminário Seráfico São José, em Veranópolis, em 30 de janeiro de 1947, acolhido pelo reitor frei Benjamim Vian.
Vestiu o hábito capuchinho no Convento de Flores da Cunha, em 24 de janeiro de 1953, realizando o ano de noviciado até 27 de janeiro de 1954, tendo como mestre de noviços frei Urbano Poli. Ao findar o noviciado fez a profissão simples dos votos, recebida pelo Ministro Geral da Ordem capuchinha, Frei Benigno de Santo Hilário. Três anos depois, em 27 de janeiro de 1957, fez a profissão solene, no Convento de Marau. Os cursos ginasial e colegial foram feitos nos seminários de Veranópolis, Ipê e Ijuí, entre 1947 e 1954. No Convento São Geraldo de Ijuí, em 1955 iniciou os estudos de Filosofia, continuados em Marau, em 1956, e concluídos na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ijuí em 1957.
Os estudos teológicos foram feitos entre 1958 e 1962, no Convento São Lourenço de Bríndisi, em Porto Alegre. Dia 16 de dezembro de 1960, recebeu a ordem do diaconato e, no dia seguinte, 17 de dezembro, na igreja matriz Santo Antônio do Partenon, a ordem do presbiterato pelas mãos de Dom Edmundo Kunz. Entre 1966 e 1972 realizou vários cursos na área de assistência social e de atualização teológica, fez o Cursilho de Cristandade e participou do Movimento “Mundo Melhor”. Iniciou seu ministério sacerdotal como vigário paroquial na Paróquia São Judas Tadeu, em Porto Alegre até 1962. De 1963 a 1975 atuou em Bagé, como vice-diretor do Instituto de Menores, no qual instalou uma malharia e era responsável por uma fábrica de telas de arame.
De 1976 a 1978 foi vigário paroquial em São José do Ouro; em 1979 vigário paroquial em Paim Filho; de 1980 a 1984 foi o pároco em Paim Filho e diretor de escola vocacional. De 1985 a 1996 retornou a Bagé, onde atuou como formador e pastoralista, dedicando-se também, à horticultura, com fins de subsistência e comerciais. No triênio 1997-1999 assumiu como guardião e ecônomo da Fraternidade Sagrado Coração de Jesus, de Flores da Cunha, acumulando também o cargo de vigário paroquial.
No triênio 2000-2002 foi vice-guardião e formador no Convento São Boaventura, em Marau, atuando também na pastoral. Nos dois anos seguintes, 2003 e 2004 ocupou as mesmas funções na casa formativa N. Sra. de Lourdes, em Veranópolis. E de 2005 a 2008 residiu no Convento de Garibaldi, onde era vice-guardião, atuando na Paróquia São Pedro como vigário paroquial. Desde 1º de janeiro de 2009 integrava a Fraternidade N. Sra. de Fátima, em Vacaria e era vigário paroquial da Paróquia de Fátima. Durante toda a vida dedicou cuidados especiais à saúde, tendo se submetido a quase uma dezena de cirurgias, a maior parte ligadas ao aparelho digestivo.
Os problemas no estômago iniciaram em 1952 quando estava no seminário de Ipê. Nesse ano ficou internado um mês no hospital de Antônio Prado por causa de uma úlcera e meses depois foi operado no hospital de Marau. Dia 20 de março de 2009 foi operado de câncer no estômago, sofrendo em seguida sérias complicações, até a falência múltipla de órgãos. Veio a falecer no Hospital da Unimed, em Caxias do Sul, dia 9 de abril, Quinta-feira Santa, sendo velado na capela do Convento São Francisco de Assis, em Garibaldi. A celebração de despedida foi às 9 horas da Sexta-feira Santa, dia 10, e o sepultamento no cemitério municipal de Garibaldi.
Frei Avelino manifestou o desejo de ser sepultado em Garibaldi, junto ao tio, frei Paulino Bernardi, falecido em 1973, e ao colega de curso, frei Danilo Pagliari, falecido em 21 de janeiro de 2009. No último dia 27 de janeiro completou 55 anos de vida religiosa e em dezembro passado, 49 anos de sacerdote. Dedicou sua vida religiosa e sacerdotal ao trabalho com crianças e adolescentes em situação de carência, às escolas vocacionais da Província e à pastoral paroquial, sempre numa atitude de humildade, dedicação e profunda união com Deus.