Necrologia

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Frei Cirino Primon (João)

20/08/1920
01/07/1996

Sacerdote.

Nasceu no dia 20 de agosto de 1920 em Getúlio Vargas/RS. Filho de Virgínia Bosa e José Primon.

  • Ingressou no Seminário no dia 10 de junho de 1932 em Veranópolis/RS.
  • Profissão Temporária no dia 06 de janeiro de 1938 em Flores da Cunha/RS.
  • Profissão Perpétua no dia 19 de setembro de 1941 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Diaconal no dia 19 de setembro de 1943 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Presbiteral no dia 13 de agosto de 1944 em Garibaldi/RS por Dom José Baréa.

 

Na Província do Rio Grande do Sul trabalhou em Vila Ipê, por um ano, seguindo, após para as missões, juntamente com Frei Amadeu Semin, em Portugal e Angola (por 23 anos).

Em 1970 integrou-se à Província do Brasil Central e trabalhou em Campo Grande/MS, Brasília/DF, Ceilândia Sul/DF, Rio Verde de Mato Grosso/MS e Coxim/MS.

Faleceu no ano de 1996 em acidente de carro na BR-163, próximo a Bandeirantes/MS, motivado por espessa fumaça de queimadas. Foi sepultado em Coxim/MS. Posteriormente seus restos mortais foram transferidos para Rio Verde de Mato Grosso/MS.

Estava com 76 anos, 58 de vida religiosa e 52 de Presbítero.

Frade severo e pobre consigo mesmo, mas bondoso, compreensivo com os mais necessitados, sacerdote decidido, empreendedor, bom administrador, zeloso na assistência religiosa ao povo que lhe era confiado.

Frei Crispim Bertin

13/07/1903
02/07/1929

São Luiz 3ª Légua - Caxias do Sul - RS

 

Dotado de extraordinária força física. Destacou-se pelos serviços fraternos.

 

Registro
Ingressou no Convento Sagrado Coração de Jesus, fez o noviciado e professou no dia 18.11.1921, recebido pelo frei Bruno de Gillonay. Profesou solenemente no dia 29.04.1925, também em Flores da Cunha, pelas mãos do frei Exupério de la Compôte. Trabalhou nos conventos de Garibaldi e Flores da Cunha, nos serviços fraternos. Faleceu de broncopneumonia, no dia 02.07.1929, com apenas 26 anos. Foi sepultado no jazigo dos Frades Capuchinhos, no Cemitério Municipal de Flores da Cunha.

 

Informações pessoais
JOÃO BERTIN - Filho de Antonio Bertin e Maria Tonetta. Irmão do frei Samuel - do livro Un Frate Contento (Baggio, Antonio).

Frei Wilson João Sperandio

10/07/1938
03/07/2010

Gaurama - RS

 

 “Creio na vida. A vida é mais forte que a morte... a fé na vida se torna a força da caminhada. Creio que a morte não é o fim da vida, nem o fim de tudo, mas que a vida deste universo continua, e continua em mim numa transformação total... Creio em mim. Dentro de mim há possibilidade de vida total... Creio, acima de tudo, em Deus. Num Deus que é criador, pai, amigo, proteção”.

 

Registro
Aos 72 anos de idade, 51 de vida religiosa capuchinha e 42 de sacerdote faleceu Frei Wilson João Sperandio às 17 horas do dia 3 de julho, no Hospital Saúde, em Caxias do Sul, vitimado por câncer. 

O corpo foi  na igreja matriz São Luiz Gonzaga, em Veranópolis desde a noite do sábado 3. A missa de corpo presente no domingo, 4, às 15 horas, também matriz São Luiz Gonzaga, e o sepultado no jazigo dos Freis, no Cemitério Municipal de Veranópolis.

 

Informações pessoais

No primeiro semestre de 2009 fez duas cirurgias para retirada de pólipos e nódulos na área abdominal e axilar, sendo que na segunda houve a identificação de melanoma. Seguiu-se uma longa série de quimioterapias para conter o câncer; com postura otimista, reagiu bem em alguns momentos, mas debilitou-se fortemente em outros. Após idas e vindas entre Veranópolis e Caxias, no início de junho de 2010 decidiu retornar à Casa de Saúde São Frei Pio, em Caxias do Sul, onde permaneceu até a última hospitalização. 

 

“Importante é fazer a última coisa como se fosse a última mesmo. Assim eu penso. Se tiver que morrer, era isso que fiz até agora que devia fazer. O tempo conta muito pouco. Em todos os casos, gostaria de viver mais anos. Quem não gosta!”, escrevia de Medellin, na Colômbia, em 1980, após passar dez dias de absoluta solidão na montanha, a mais de 2400 metros de altitude. E acrescentava: “Uma coisa é certa: a solidão é criativa; obrigatoriamente tem que pensar. E lá pensei coisas. Pensei o que Deus quer de mim, pensei o que eu quero, pensei o que os outros querem...”. 
 

Muito atento aos temas voltados à saúde, alimentação e exercícios, Frei Wilson João tinha uma vida metódica, alimentava-se de uma forma bastante natural, fazia caminhadas e buscava sempre um equilíbrio nas dimensões do físico, do emocional e do espiritual. “O que estraga a vida devemos desprezar... A saúde é um estilo de vida. Temos que nos libertar da pressão social. Novo jeito de viver implica selecionar só o que ajuda”, dizia e escreveu. 

 

Frei Wilson João Sperandio nasceu em Gaurama, em 10 de julho de 1938. Era filho de Francisco Sperandio, natural da Itália, e de Santina Orso Sperandio. Ingressou no Seminário em 1953, tendo estudado em Vila Flores, Veranópolis, Ipê e Marau. Vestiu o hábito capuchinho em 1958, quando iniciou o ano de noviciado, em Garibaldi. Fez a profissão na Ordem em janeiro de 1959. Licenciou-se em Filosofia em Ijuí e estudou Teologia em Porto Alegre. Foi ordenado sacerdote em Porto Alegre, em dezembro de 1967, na igreja Santo Antônio, no Partenon. 
 

Começou a caminhada pastoral em Soledade, em 1969. Viveu e atuou em Caxias do Sul por 12 anos (1971-1983), onde dedicou-se à pastoral na Paróquia Imaculada Conceição, introduzindo novos conceitos e novas práticas, entre elas, o canto coral e a música instrumental nas celebrações. É dele a criação da missa Maranatha, que ano após ano abrilhanta as festividades da padroeira. 
 

De 1984 a 2005, por 21 anos, viveu na fraternidade São Boaventura de Marau, onde ocupou vários cargos de coordenação fraterna e foi pároco da Paróquia Cristo Rei. Em duas páginas de um relato sob o título “Minha história pessoal” escreveu: “Após organizar a paróquia Cristo Rei, com quase 50 comunidades e 600 grupos eclesiais, sinto isto como a multiplicação de minha vida”. Desde 2006 era o pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Veranópolis. Frei Wilson era irmão do capuchinho frei Efraim Sperandio, falecido em 1985 e sepultado em Vila Flores. 
 

Em 1970 estudou pastoral e catequese no Instituto Nacional de Pastoral (CNBB), no Rio de Janeiro; em 1980 fez um curso de Pastoral Fundamental e Social, no Instituto Teológico Pastoral do CELAM, em Medellin, na Colômbia. Também fez cursos na área de parapsicologia pastoral e de liturgia de rádio e televisão. 
 

Pastoral e vida sempre estiveram integrados na vida de Frei Wilson João: gravou vários discos (LPs e CDs), sendo compositor, regente, solista, guitarrista e dono de uma voz privilegiada; constam-se às dúzias suas criações (letras e músicas) para o canto pastoral e litúrgico; escreveu cerca de 30 livros, alguns editados também em espanhol; colaborador de várias publicações de caráter pastoral e colunista em vários jornais, com destaque para o Correio Riograndense. 
 

Dia 12 de junho passado (2010) Frei Wilson João completou 39 anos de presença semanal no Correio Riograndense, assinando a coluna “Novo Jeito de Viver”. “As pessoas precisam parar um pouco, fazer uma revisão”, disse em 2004, quando completava 33 anos de coluna, assinalando para a possível contribuição de suas reflexões à “sociedade estraçalhada” em que vivemos. 
 

Publicados, seus textos “despertam consciências, instigam, contribuem para a formação humana, indicam caminhos, abrem horizontes...”, dizia o jornal numa reportagem de página inteira sobre o autor da coluna que ninguém queria perder nas edições semanais do jornal. Muitos dos seus cerca de 30 livros publicados reúnem textos produzidos para o Correio Riograndense. O jornal era um ângulo de sua história pessoal, do qual se orgulhava. E escreveu: “Se o futuro me aturar, poderei escrever mais, dentro daquilo que ainda sonho realizar”. 

 

Vários de seus discos e livros tinham o enfoque explicitamente franciscano, como “São Francisco que está em você”, de 1978, e “Seguir Jesus do jeito de Francisco”, hoje conteúdo do serviço de animação vocacional dos capuchinhos; O mesmo se diz de sua participação como solista, compositor e regente em “Assim cantam os Capuchinhos” e “Meus Deus e Meu Tudo”, lançamentos históricos dos anos 1960. 
 

Em 1998 a Câmara Municipal de Vereadores de concedeu-lhe o título de Cidadão Marauense. Na ocasião foi saudado pelas lições de sensibilidade espiritual que impulsionaram culturalmente o município, conquistando um lugar privilegiado na história marauense. 
 

Em suas recentes colunas no Correio Riograndense, de forma frequente, passou a sintetizar suas convicções. Em “Motivos para crer” (05.05.2010) disse: “Creio na vida. A vida é mais forte que a morte... a fé na vida se torna a força da caminhada. Creio que a morte não é o fim da vida, nem o fim de tudo, mas que a vida deste universo continua, e continua em mim numa transformação total... Creio em mim. Dentro de mim há possibilidade de vida total... Creio, acima de tudo, em Deus. Num Deus que é criador, pai, amigo, proteção”. 
 

Frei Archimedes Balottin

21/11/1924
05/07/1981

Veranópolis - RS

 

Destacou-se na pastoral paroquial. Fundou e construiu várias capelas e salões paroquiais. Colaborou na construção do Asilo dos idosos, em Vacaria.

 

Registro
Ingressou no Seminário Seráfico São José em Veranópolis no dia 29.04.1939. Fez o noviciado, tendo como mestre frei Luiz Ferronato e professou no dia 06.01.1947, pelas mãos do frei Alberto Stawinski, recebendo o nome religioso de frei Aquilino de Veranópolis, no Convento Sagrado Coração de Jesus, Flores da Cunha, onde também foi ordenado presbítero, no dia 21.12.1952, por Dom Benedito Zorzi. Atuou basicamente na pastoral paroquial. Em Ijuí(1954e1956), Dracena/SP(1955), Marau(1957), Vacaria(1960), Belém Novo-Porto Alegre(1962), Pelotas(1964-1976), São Judas Tadeu-Porto Alegre(1976-1981). Frei Archimedes teve uma dedicação toda especial à obra da Evangelização visando maior difusão do Reino de Deus, para isto construiu muitas capelas no interior dos municípios de Marau e Pelotas, bem como vários Centros Comunitários para a Assistência Social. Vítima de um infarto do miocárdio, faleceu no dia 05.07.1981. Foi sepultado no jazigo dos Frades Capuchinhos, no Partenon, Porto Alegre.

 

Informações pessoais
ARCHIMEDES BALOTTIN, Filho de Cesar Balottin e de Pierina Guerra Balottin.

 

Frei Dionísio Veroneze

09/03/1916
06/07/1998

Antonio Prado - RS


Foi pioneiro e membro fundador dos Frades Menores Misisonários (FMM) no estado do Paraná. Homem de opinião e decisão, ao mesmo tempo fraterno e espirituoso.

 

Registro
Ingressou no Seminário Seráfico São José, Veranópolis, no dia 28.04.1927, tendo frei Cassiano Giacomet, como diretor. Fez o noviciado e professou, no dia 12.08.1932, , pelas mãos do frei Cândido Maria Bampi, em Flores da Cunha, recebeu o nome religioso de Frei Dionisio de Antonio Prado. Foi ordenado presbítero no dia 17.09.1939, por Dom José Baréa em Garibaldi. Atuou em diversas frentes e em vários lugares: Veranópolis(1939 e 1944), Bom Jesus(1951), Porto Alegre(1943), Garibaldi(1949-Correio Riograndense), Soledade(1952), Caxias do Sul(1954-1963 e 1965-1969) e Vacaria(1964). Seu ministério, foi basicamente pastoral, atuou como missionário, foi eleito 3º definidor (V Cap. Provincial). No ano de 1970, funda a FMM e recebe licença para instalar-se em União da Vitória-/PR. Parte no dia 28 deste mesmo mês juntamente com os freis Justino Dotti e Tiago Lucchese. Era a semente do novo instituto, FMM, fundado em 15.08.1973. Passados dez anos, solicita a readmissão à Ordem e à Província. No dia 29.10.1983 a Santa Sé autoriza o reingresso à Ordem. Desde janeiro de 1985 vivia na fraternidade Sao José, Veranópolis, atuando na pastoral de saúde e do aconselhamento. Em 1994 publica o livro "Frei Luis de la Vernaz" - Est Editora - Porto Alegre. Em 1996 começaram os problemas de saúde (má circulação), trombose e pequenas isquemias, mas sempre se recuperando. Faleceu no dia 06.07.1998, após um derrame cerebral (AVC), no Hospital N. Sra de Lourdes, Veranópolis. Contava 82 anos. A missa de corpo presente, foi presidida pelo ministro Provincial e concelebrada por 35 sacedotes, na Gruta N. Sra. de Lourdes. Foi sepultado no jazigo dos Frades Capuchinhos, Cemitério Municipal em Veranópolis/RS.

 

Informações pessoais
GAUDÊNCIO VERONEZE, filho de Emilio Veroneze s de Rosa Cattani Veroneze. Nascido, de fato, no dia 21.02.1916, mas registrado no dia 09.03.1916.

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