Sacerdote da Primeira Ordem (1556-1612). Canonizado por Bento XIV no dia 29 de junho de 1746.
Nasceu em Leonisa, no dia 08 de janeiro de 1556. Quando completou dezesseis anos ingressou na Ordem dos Frades Capuchinhos e seu noviciado foi cumprido numa localidade próxima a Assis chamada Cárceri, onde foi ordenado Padre em 1581.
Para evangelizar em 1587 foi enviado acompanhado de outros irmãos para Constantinopla e lá fundar uma Missão. Naquele país lutou muito pela libertação dos Cristãos escravizados por um ex-bispo. Por sua pregação foi preso por ordem do sultão Muhad III. Sua sentença, ser pendurado por um gancho sobre um fogo baixo. A sentença foi cumprida e José passou três dias pendurado. Quando solto por não ter morrido, as feridas em seu corpo curaram-se milagrosamente. O sultão ficou espantado com o fato e mudou a sentença, banindo-o perpetuamente de Constantinopla.
Quando retorna para a Itália retomou as pregações e a evangelizações de seu próprio povo, obtendo muitas conversões. Foi responsável pela promoção por diversos atos e obras sociais, como hospitais, abrigos etc.
Faleceu no dia 04 de fevereiro de 1612, aos 56 anos, em função de um câncer. Foi Canonizada pelo Papa Benedito XIV, em 29 de junho de 1746.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Virgem da Segunda Ordem (1190-1236). Concedeu ofício e missa em seu louvor Pio VII no dia 29 de abril de 1806.
Nasceu em Riéti, em 1190, de família nobre. Desde os primeiros anos se mostrou piedosa, contemplativa e inteligente. Teve a sorte de estar em contato bastante com o próprio São Francisco, que, nas suas andanças pelo vale de Riéti, se hospedava na casa da família Mareri. O que mais a impressionava nele era a oração assídua e o desprendimento de todas as coisas terrenas. Decidiu segui-lo. Quando o pai lhe propôs um casamento em concordância com a sua nobreza, respondeu que só queria por esposo Jesus Cristo. Essa recusa desencadeou uma terrível perseguição, sobretudo por parte de seu irmão Tomás. Mas ela não mudou de ideia. Por fim, retirou-se com algumas companheiras para um eremitério junto a um monte próximo e encetou uma vida de solidão.
Comovido com a firmeza da irmã, Tomás ofereceu-lhe a igreja de São Pedro, no antigo mosteiro que ele mesmo mandara reparar. Filipa aceitou a oferta e começou uma vida claustral com as companheiras, adotando a regra das Senhoras Pobres de Assis. Durante algum tempo o próprio São Francisco dirigiu essa pequena comunidade, que depois entregou ao seu discípulo Frei Rogério de Tódi. Não tardou que muitas outras jovens se decidissem a consagrar-se a Deus sob a direção da Bem-aventurada Filipa Mareri, que se tornou para as irmãs mais que uma Abadessa, uma mãe extremosa, empenhada em animá-las à perfeição e consolá-las nos sofrimentos.
Seguindo o exemplo de São Francisco e do Beato Rizério, dedicou muita atenção à pobreza, sempre confiante na divina providência. Prostrada diante de um grande crucifixo, chorava ao pensar nas muitas ofensas feitas ao Senhor, fazia penitência e implorava a misericórdia Divina.
Aconteceu que uma sua sobrinha, que ingressara no mosteiro, estava na iminência de ser raptada à força pela família. Filipa, intervindo com sua oração, fez com que os parentes não conseguissem movê-la nem retirá-la da clausura.
Predisse o momento da morte com muita antecipação. Reunindo as irmãs em volta do leito de morte, exortou-as à oração, à concórdia e ao amor à pobreza seráfica. Ao vê-las tristes e chorosas, exortou-as à alegria: “Não choreis por mim, queridas filhas. Que a vossa tristeza se transforme em alegria! Desde o céu ainda vos poderei ajudar mais. Quero morrer para viver em Cristo, para receber a herança na terra dos vivos. Consolai-vos no Senhor. Perseverai no serviço de Deus. Recordai todas as coisas que eu fiz. E a paz do Senhor, que supera tudo quanto se possa imaginar, guarde o vosso coração e o vosso corpo”. Terminadas estas exortações, encomendou-se humildemente a Jesus Cristo, fortalecida com a Eucaristia e os Sacramentos, na presença do Bem-aventurado Rogério e de outros frades menores, entre as lágrimas das irmãs, a 16 de fevereiro de 1236, ela passou com alegria para a casa do Senhor. Contava 46 anos.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Sacerdote, discípulo de Santo Antônio, da Primeira Ordem (1195-1285). Aprovou seu culto Pio XI em 18 de maio de 1927.
Nasceu em Pádua, por volta de 1195. São Francisco, de regresso do Oriente, no verão de 1220, atravessou a região de Veneto, detendo-se em Pádua. Junto à igreja de Santa Maria de Arcella mandou construir um pequeno convento para alguns dos seus seguidores. Em Arcella deu o hábito das Senhoras Pobres de Santa Clara à Bem-aventurada Helena Enselmini, e o hábito dos Frades Menores a um jovem sacerdote chamado Lucas Belludi.
Ali viveu esse religioso durante sete anos, entregue ao apostolado e à mortificação. Foi, então, que escreveu os seus Sermões, conservados em preciosos códices. Em 1227, encontrou-se com Santo Antônio e, desde então, os dois amigos, como duas almas gêmeas, andaram juntos. No Pentecostes de 1227, Santo Antônio tomou parte do Capítulo Geral na Porciúncula, onde foi eleito Ministro Provincial duma extensa província, que abrangia toda a Itália Setentrional e tomou Lucas como seu acompanhante. Estava com ele quando o Santo, em Roma, pregou a quaresma perante o Papa Gregório IX. Em 1230 também os dois participaram do Capítulo Geral de Assis e presenciaram a trasladação dos restos mortais do Santo fundador da Igreja de São Jorge para a nova Basílica, construída na colina do Paraíso. No regresso de Assis detiveram-se em Camposampietro, onde o Conde Tiso deu atenciosa hospedagem ao Santo taumaturgo, cuja saúde estava muito abalada. Notando que a doença ia agravando, Lucas quis transportar o Santo para Pádua, mas em Arcella, a 13 de junho de 1231, teve de assistir à agonia e à morte daquele a quem tanto tinha amado e venerado.
O resto da vida do Bem-aventurado Lucas teve momentos muito alegres. O seu santo mestre foi canonizado pelo Papa Gregório IX apenas 11 meses após a morte e, em Pádua, lançavam-se os alicerces da grande basílica que, através dos séculos, cantaria as glórias do taumaturgo. Na glorificação do mestre desempenhou o discípulo um relevante papel.
Ezelino II de Roma, verdugo e tirano, a quem Dante imortalizou como condenado entre os criminosos sanguinários mergulhados em seu próprio sangue, continuava a sacrificar vítimas inocentes. Imitando o gesto desassombrado do mestre, o Bem-aventurado Lucas também teve a coragem de se apresentar diante dele em Ansedísio, censurando-o pelas injustiças e os delitos. Ezelino sentenciou: “Frei Lucas seja perdoado, mas a sua família seja condenada ao desterro”. E a sentença teve de ser cumprida.
O Bem-aventurado Lucas adormeceu santamente no Senhor por volta de 1285, para se encontrar em definitivo com seu mestre. Contava 90 anos, 65 dos quais passara no serviço de Deus e dos irmãos, com admirável espírito de devoção e dedicação.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Mártir japonês da Terceira Ordem Franciscana (+1597). Canonizado por Pio IX no dia 8 de junho de 1862.
A evangelização no Japão teve a sua etapa inaugural entre os anos de 1549 e 1561, por obra de São Francisco Xavier, e desenvolveu-se nos decênios seguintes com notáveis resultados. Em 1587 a comunidade católica japonesa já contava uns 205.000 fiéis, com o centro principal em Nagasaki. Nesse ano começou a perseguição, com um decreto de expulsão dos jesuítas que, no entanto, permaneceram em grande parte clandestinos no país, continuando silenciosamente a sua atividade apostólica. Em 1593, vindos das Filipinas, desembarcaram no Japão alguns franciscanos, que encetaram nova fase de ação missionária: pregação da Palavra, coroada com numerosas conversões, construção de igrejas, conventos, hospitais e escolas para crianças. Estas dinâmicas iniciativas provocaram a reação do governo, que ordenou a prisão dos religiosos franciscanos e seus colaboradores mais próximos. As detenções foram levadas a cabo em datas diversas: em 9 de dezembro de 1596 foram presos seis franciscanos em Osaka; em 31 de dezembro foram capturados em Meaco quinze leigos japoneses; e no ano seguinte foram incluídos no grupo dos condenados outros cristãos japoneses.
Entre estes últimos contava-se Joaquim Sakakibara, natural de Osaka, que estivera ao serviço dos franciscanos, como ecônomo de hospitais e de outras obras de assistência da missão. Era ainda catecúmeno quando adoeceu. A esposa, que já era cristã, pediu aos padres que antecipassem o batismo do marido. Eles, porém, preferiram adiá-lo, a fim de ter mais tempo de se preparar bem para tão importante sacramento. E o batismo transformou-o noutro homem, aumentando-lhe o entusiasmo na prática do bem. Fez-se Terceiro Franciscano e dedicou toda a vida, como ecônomo e enfermeiro, a trabalhar em hospitais e noutras obras de assistência.
Também ele teve a sorte de ser contado entre os confessores da fé. Ao subirem para a Santa Colina, esses heróis são seguidos por numerosos cristãos que deploram a sua morte. Eles vão consolando os fiéis e pregando aos pagãos. Ao verem as cruzes onde iriam consumar o holocausto, ajoelham-se e cantam o “Bendictus”. Depois, cada um procura a sua cruz, à qual se abraça, apertando-a amorosamente ao coração. Os soldados atam cada um ao seu madeiro. Do alto desse trono, cada um continua a pregar, de rosto sereno e iluminado. Às dez da manhã os soldados esperam ordem do governador para trespassarem as vítimas. Quando chega o veredicto, os mártires são horrivelmente destroçados e expiram a pronunciar os nomes de Jesus e Maria, ou a exclamar “Senhor, nos Vossas mãos encomendo o meu espírito”, ou a cantar “Louvai ao Senhor todas as nações!”. A última vítima a ser sacrificada foi São Pedro Baptista, que animou os cristãos à perseverança, convidou os pagãos à conversão e implorou perdão para os verdugos. Assim se completou a imolação dos 26 mártires, que seria sementeira fecunda de novos cristãos. Era uma quarta-feira, 5 de fevereiro de 1597.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Ermitão da Terceira Ordem Franciscana (1290-1351). Urbano VIII aprovou seu culto como santo, no dia 12 de setembro de 1625.
Conrado Confaloniéri nasceu em 1290. Nobre, rico, feliz no casamento, era aficionado pela caça. Um dia em que andava com outros caçadores perseguindo uma presa, vendo-a embrenhar-se num espesso bosque onde lhe era impossível penetrar, resolveu lançar fogo no matagal, para escorraçar o bicho. Sucedeu, porém, que o incêndio não pôde ser extinto nem controlado, alastrando-se e destruindo muitas colheitas e granjas das redondezas. Conrado e os cúmplices da façanha entraram na cidade sem serem notados, e não havia nenhuma testemunha que os pudesse acusar dos prejuízos causados involuntariamente. Mas os proprietários lesados denunciaram o caso às autoridades, que fizeram um inquérito e, como resultado, um pobre caseiro, que vivia nas proximidades do sítio onde se ateara o fogo, foi preso e condenado à morte.
Na praça da cidade, pouco antes da execução do condenado, Conrado não pôde resistir aos remorsos da consciência: reconheceu publicamente ser ele o culpado, embora, até certo ponto, involuntário, e assim, salvou uma vida inocente. Foi então ele condenado, não à morte, mas ao pagamento de todos os danos causados. Cumpriu a sentença vendendo todos os bens próprios e os da esposa.
Desta forma, ficaram os dois absolutamente sem nada, numa miséria total. Mas não se desesperaram, e aceitaram mesmo essa provação como um sinal do céu. Separaram-se de mútuo acordo e enquanto a mulher ingressou no mosteiro das clarissas, no convento de Piacenza, ele emigrou para a Sicília e na vizinhança de Noto encetou uma vida eremítica, fez-se terceiro franciscano e viveu em austeridade e oração durante 36 anos, tornando-se famoso pelo rigor da penitência que se infligia. Às sextas-feiras descia à cidade para visitar doentes no hospital e fazia prolongada oração diante dum célebre crucifixo da catedral. Foi agraciado com o dom dos milagres. Após a morte, que sobreveio aos 61 anos, em 19 de fevereiro de 1351, foi sepultado na catedral onde costumava rezar, e aí é venerado, juntamente com São Nicolau de Bari, como padroeiro da cidade.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Sacerdote da Primeira Ordem (1225-1304). Aprovou seu culto Pio VI no dia 11 de setembro de 1793.
Em Tréia, antigo município romano na província de Macerata nasceu, por volta de 1255, outro dos notáveis franciscanos que nessa época povoaram as terras da Itália, sobretudo a região das Marcas.
Embora as virtudes de todos sejam fundamentalmente as mesmas, a personalidade dessas figuras medievais é sempre diversa e interessante, e constituem um vasto florilégio de muitos variados tipos humanos e fisionomias espirituais. O Bem-aventurado Pedro de Tréia representa o tipo contemplativo, cuja maior celebridade são as suas conquistas ascéticas. Mas foi, também, um religioso ativo no ministério da Palavra, como pregador irresistível.
Entrou na Ordem quando ainda era muito jovem, e sempre ansiou por imitar as virtudes de São Francisco e seguir os seus passos, mesmo materialmente. Passou muito tempo no monte Alverne – opção que confirma o que dissemos, pois foi esse monte o calvário místico de São Francisco, onde tinha recebido os estigmas, e sobre essas rochas, mais que à pregação e ao ensino, à meditação e à ascese, entre êxtases e visões.
Como apóstolo e pregador, Pedro percorreu a região das Marcas, fascinando multidões com a veemência sagrada da sua eloquência. Tinha o dom de comover os pecadores, que, arrependidos e purificados no sacramento da penitência, eram por ele conduzidos a Deus.
São famosos os seus êxtases e visões. Em Ancona, o superior do convento descobriu-o na igreja, em oração, elevado da terra. Mais tarde, no convento de Forano, foi Pedro quem observou a cena admirável de a Santíssima Virgem colocar afetuosamente o Menino Jesus nos braços do confrade Conrado de Ofida. Pedro de Tréia e Conrado de Ofida, ambos das Marcas e ambos franciscanos beatificados, foram não só confrades e companheiros de apostolado, mas também verdadeiros irmãos em espírito, cuja santidade se desenrolava por caminhos idênticos, competindo mutuamente numa santa emulação. O Bem-aventurado Pedro morreu a 19 de fevereiro de 1304, no convento Sirolo, aos 79 anos de idade.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Mártir no Japão, coreano, da Terceira Ordem Franciscana (+1597). Canonizado por Pio IX no dia 8 de junho de 1862.
Leão Karasuma foi o primeiro franciscano da Terceira Ordem no Japão e não tardou a ser um dos mais ativos e dinâmicos cooperadores da missão. Natural da Coréia, descendente duma família nobre, foi encomendado aos sacerdotes budistas pelos pais, para o educarem na sua religião, e chegou e ser um budista. Como tal, foi forte inimigo dos cristãos, ameaçando todos os que, diante dele, se atrevessem a mencionar o nome de Cristo ou a anunciar a sua boa nova. Perseguia os cristãos por todos os meios.
Deus, porém, querendo fazer dele um vaso de eleição, como outrora acontecera com Saulo de Tarso, no caminho de Damasco, dispôs que Leão se transferisse da Coréia para o Japão. Ali aconteceu encontrar-se com um cristão intrépido, que lhe falou de Cristo, do evangelho e da religião cristã com entusiasmo e ousadia. Lentamente, seus olhos foram se abrindo à verdade, e descobriu a divindade de Cristo e a beleza da fé cristã.
Pouco depois chegaram a Meaco os irmãos provenientes das Filipinas, e Leão foi conquistado pelo seu estilo de vida, sobretudo pela pobreza e simplicidade, e pelo ardor da sua pregação evangélica. Depois de prolongada preparação, recebeu o batismo e demais sacramentos, ingressou na Terceira Ordem e tornou-se assíduo colaborador de São Pedro Baptista.
Dirigiu, como técnico, a construção de igrejas e conventos, hospitais e outros edifícios destinados à assistência social. De vez em quando se fazia de arquiteto ou de trabalhador manual das construções. Por conhecer diversas línguas, muitas vezes serviu de intérprete.
O seu exemplo de atividade dinâmica causava muito boa impressão nos pagãos, que se convertiam, e nos cristãos, que o ajudavam nas suas tarefas. Converteu muitos fiéis, entre eles seu irmão mais velho, que veio a ser seu companheiro no martírio. Preso a 31 de dezembro de 1596, foi martirizado em Nagasaki em 5 de fevereiro do ano seguinte, com mais 25 companheiros. Todos foram, em conjunto, canonizados por Pio IX a 8 de junho de 1862.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Mártir japonês, terceiro franciscano (+1597). Canonizado no dia 8 de junho de 1862 por Pio IX.
Nasceu no Japão em data ignorada. Filho de pai cristão e de mãe pagã. Foi batizado ainda criança, mas, por influência de sua mãe foi obrigado a frequentar cultos budistas. Esta dualidade seguiu toda a sua fase de crescimento e educação. Por essa razão levou, por vinte e seis anos, uma vida dissoluta, sem rumo e de descaminhos.
Com a chegada dos religiosos vindos das Filipinas, Boaventura é apresentado novamente ao cristianismo e os franciscanos revelam os seus pecados. Este, arrependido, atira-se ao chão e pede perdão a Deus e aos irmãos que o fizeram ver a verdade.
No primeiro domingo após o retorno à fé cristã, Boaventura vai à Missa vestindo um saco, com a cabeça coberta com cinza e uma corda no pescoço para pedir perdão por tantos anos afastado da fé. Todos que frequentavam a Igreja de Santa Maria dos Anjos ficaram admirados e ao mesmo tempo compadecidos pela grandeza do ato daquele cristão.
Como prova de seu arrependimento pediu para ser admitido e vestir o hábito da Terceira Ordem Franciscana. Como sinal de sua conversão, quis se chamar Boaventura. Assim como o Doutor São Boaventura foi para a Ordem Seráfica e para a Igreja uma “boa ventura”, assim o novo Boaventura devia ser para nascente Igreja e para todo o Japão.
Daquele momento em diante não mais se separou das missões e dos religiosos franciscanos. Foi um grande catequista.
Foi preso e teve a sua orelha esquerda cortada e, em seguida colocado em cortejo até a chegada a Nagasaki, local onde foi crucificado, no dia 05 de fevereiro de 1597.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Virgem da Segunda Ordem (1225-1270). Leão X concedeu ofício e missa em seu louvor no dia 11 de janeiro de 1520.
Era filha de Luis VIII, Rei da França, e sua esposa Branca de Castela, que com suas notáveis qualidades de piedade, inteligência e energia, soube formar santos também no trono real. A jovem princesa foi iniciada desde pequena na oração e na meditação, numa terna devoção a Deus e a Maria santíssima, e na prática de uma autêntica vida cristã. A escola de virtudes e o exemplo de Branca de Castela deram à Igreja um São Luís IX, Rei da França, e uma Bem-aventurada Branca Isabel. Habilidosa para trabalhos de bordado, ofereceu a várias igrejas trabalhos confeccionados por suas próprias mãos, mostrando assim a sua grande devoção à Sagrada Eucaristia.
Jejuava três dias por semana e sempre se alimentava com parcimônia. Evitava diversões fúteis. Passava os tempos de lazer em companhia do irmão Luís e das damas que tinha ao seu serviço. Visitava com frequência doentes acamados nos hospitais ou nas próprias casas, procurava atender às suas necessidades e incutir-lhes esperança e coragem. Quando por sua vez veio a cair gravemente enferma, a ponto de recear o desfecho mortal, recuperou a saúde graças às orações e aos cuidados de sua santa mãe.
Conrado, filho do Imperador Frederico II, pediu-a em casamento, e tal pedido encheu de alegria sua mãe, seu irmão e até o próprio Papa Inocêncio IV, mas ela declarou que fizera voto de virgindade e de modo nenhum desistiria dessa missão.
Para melhor realizar seu propósito, mandou, em 1261, construir um mosteiro nos arredores de Paris, e para lá foi viver, adotando a regra da Segunda Ordem de Santa Clara. Seguiram-lhe o exemplo várias religiosas que viviam na corte da França. Para essa comunidade ter uma melhor formação franciscana, convidaram a virem juntar-se a elas quatro religiosas de outros mosteiros.
Neste mosteiro viveu Isabel durante nove anos, celebrizando-o com suas virtudes. Morreu em 23 de fevereiro de 1270, com 45 anos de idade. No momento do seu desenlace, algumas religiosas ouviram cânticos angélicos entoando: “Na paz está sua morada”. São Luís esteve presente no funeral da irmã, e dirigiu palavras de consolação à comunidade de Clarissas.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Mártir japonês da Terceira Ordem Franciscana (+1597). Canonizado por Pio IX no dia 8 de junho de 1862.
Matias nasceu no Japão, em data ignorada. Sabe-se que ele foi um grande colaborador dos padres Franciscanos que trabalhavam na pregação, evangelização e nos cuidados quanto à saúde da população mais carente.
Quando foram presos estavam em oração. Um dos guardas que os prenderam para conferir se todos estavam presentes faz uma chamada individualizada e deram por falta de uma pessoa chamada Matias, naquele mesmo momento Matias de Meaco se apresentou como Cristão e que ele substituiria seu irmão de Fé. Foi uma atitude espontânea, mas o soldado lhe responde que ele não era o condenado e que não poderia ser preso. Matias insistiu e garantiu ser amigo e irmão de Fé dos Franciscanos. Neste momento o guarda aceita sua argumentação e o integra ao grupo de presos.
Como todos os prisioneiros teve sua orelha esquerda decepada. Conduzidos em cortejo para Nagasaki para cumprimento da condenação.
Faleceram crucificados no dia 5 de fevereiro de 1597, em Nagasaki, Japão.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Religioso da Primeira Ordem (1502-1600). Beatificado por Pio VI no dia 17 de maio de 1789.
Nasceu no ano de 1502, em Gudena (Espanha), de pais pobres mas piedosos. Desde a adolescência levava para pastar um pequeno rebanho e aproveitava os momentos livres para orar e visitar igrejas ou capelas. Aos 15 anos foi contratado como serviçal por uma senhora rica de Salamanca, mas, não podendo suportar o ambiente frívolo da casa, apesar de bem remunerado, desistiu desse trabalho. Apreciava mais a vida campestre, em contato direto com a natureza que lhe permitia subir até Deus. Durante 8 anos trabalhou a serviço de dois agricultores e, com o ordenado, ajudava os pais na sua pobreza e amealhou modestos fundos para dotes das irmãs.
Com 31 anos de idade, falecidos os pais e casadas as irmãs, zarpou para a América. Chegado a Puebla, no México, retomou os trabalhos agrícolas. Para incrementar o comércio empreendeu viagens de transporte de mercadorias entre várias cidades. Rasgou vias de comunicação através de bosques impenetráveis, promoveu a construção duma importante estrada entre Zacatecas e a Cidade do México. Tudo quanto ganhava nestas suas empresas era patrimônio dos pobres. Socorria com generosidade os necessitados, transportava-os gratuitamente e às suas mercadorias, emprestava-lhes dinheiro a fundo perdido, ocupava-se em libertar prisioneiros e escravos. Os índios o respeitavam e admiravam.
Absorvido numa vida tão movimentada, encontrava sempre tempo para a oração e participação na Eucaristia. Com frequência o demônio o atormentava com tentações, mas sem nunca conseguir vencê-lo. Em 1552 passou a empresa a outros proprietários e, nos arrebaldes da Cidade do México, adquiriu uma quinta, voltando a dedicar-se à agricultura e criação de gado. Casou, mas, de comum acordo com a esposa, fez voto de castidade. Enviuvando após um ano, decidiu contrair segundas núpcias com uma virtuosa senhora, com a qual viveu igualmente em perfeita continência. Pouco depois, veio a falecer também esta segunda mulher.
A 2 de julho de 1573, com 71 anos de idade, decidiu realizar um velho sonho. Pediu e recebeu o hábito de frade menor no convento da Cidade do México. Aí viveu ainda nada menos que 27 anos, sendo para todos exemplo de religioso humilde, obediente, dedicado à oração e à penitência. Deus glorificou sua vida exemplar. A 25 de fevereiro de 1600, aos 98 anos de idade, descansou serenamente no Senhor. Passou a ser venerado como santo e o seu sepulcro tornou-se glorioso.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Mártir da Terceira Ordem (1584-1597). Canonizado por Pio IX no dia 8 de junho de 1862.
Nasceu em Nagasaki, no Japão, no ano 1584. Seu pai era chinês e sua mãe japonesa. Sua família já era Cristã quando do seu nascimento.
Antônio foi educado pelos franciscanos. Mais tarde, em razão de sua dedicação, interesse e vontade de crescer em Cristo, foi admitido na Ordem Terceira Franciscana.
Mudou-se para Meaco para acompanhar seu superior, o reitor do Seminário de São Jerônimo de Jesus, mais tarde para Osaka.
Quando tinha apenas treze anos foi preso em função da perseguição aos religiosos que atuavam naquele país. Todos os religiosos presos tiveram a suas orelhas esquerdas decepadas, depois foram conduzidos em cortejo para Nagasaki
Faleceram no dia 5 de fevereiro de 1597, em Nagasaki, Japão.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Mártir japonês, da Terceira Ordem (+1597). Canonizado por Pio IX no dia 8 de junho de 1862.
Nasceu no reino japonês de Ovari, convertido ao cristianismo por São Leão Karasuma.
Ingressou na Ordem Terceira Franciscana e desenvolveu grande parte de sua atividade apostólica na região de Meaco, colaborando ativamente com os frades menores na difusão do cristianismo e na assistência aos enfermos na qualidade de enfermeiro. Submetia seu corpo a severíssimas penitências.
Tinha por hábito severas penitências e demonstrando muita força e Fé quando da sua prisão. Em Meaco teve a sua orelha esquerda decepada, como os demais irmãos de Fé. Após este primeiro martírio são conduzidos em cortejo de forma humilhante até Nagasaki.
Faleceram, crucificados, no dia 05 de fevereiro de 1597, em Nagasaki, Japão.
Canonizado pelo Papa Pio IX, em 08 de junho de 1862
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
Viúva da Segunda Ordem (1401-1472). Aprovou seu culto Pio IX no dia 17 de setembro de 1847.
Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras.
Algum tempo depois foi enviada para Foligno para pregar e transmitir sua dedicação a deus. Depois seguiu para Áquila, mais precisamente para o Convento de Santa Isabel. Neste Convento teve como orientador espiritual São João de Capristano, quem, junto com São Bernardino de Sena, promovia a chamada “observância”.
Antônia sentia a urgência de uma regra mais austera, de uma pobreza mais rígida, de uma abnegação mais perfeita. Com a aprovação de Nicolás V, e a bênção de São João Capistrano, vigário Geral, em 1447 se retirou com outras doze irmãs para o Mosteiro Corpo do senhor, lá onde elas pretendiam viver em pobreza absoluta e observar com muito rigor a regra de Santa Clara. Foi a superiora pelo resto de sua vida, sempre observando e respeitando as regras de Santa Clara.
Faleceu aos 71 anos de idade, em 1472. A cidade de Áquila a venera como santa desde a sua morte.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.
(1866-1943). Virgem, fundadora das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada.
Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo.
Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader.
Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Alstatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882.
Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888.
Ela trabalhou durante 6 anos como professora e catequista das crianças. Em 1893 foi transferida para Túquerres, Colômbia, onde as condições eram muito difíceis, mas ela superou todos as dificuldades em breve estava ensinando a fé aos pobres e desamparados.
Ela fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada em Tuquerres, Colômbia em 31 de Março de 1893. Inicialmente composta de jovens irmãs com inclinação para o trabalho missionário elas foram em breve recebendo moças do local e outras mulheres Colombianas. Caritas serviu como Superiora Geral da Congregação de 1893 até 1919 e de novo de 1928 a 1940. As Irmãs enfatizavam a boa educação, com muitas preces e uma vida austera. Elas receberam a aprovação papal para a Congregação em 1993 e hoje elas estão nos na América Central, América do Sul, México, Suíça, Mali, Roménia e Estados Unidos.
Caritas faleceu em 27 de fevereiro de 1943 em Pasto Colômbia e o seu tumulo logo se tornou um local de peregrinação e de devoção popular e vários milagres foram assinalados junto da sua campa a e alguns creditados à sua intercessão.
Foi declarada Venerável em 29 de junho de 1999, e beatificada em 23 de março de 2003 pelo Papa João Paulo II.
Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.