Os freis Luiz Carlos Susin e Gilmar Zampieri estiveram em São Paulo, para o lançamento e sessão de autógrafos do livro A vida dos outros – Ética e Teologia da Libertação Animal.
A obra escrita a quatro mãos, situa, no horizonte profético da encíclica do Papa Francisco, Laudato si. Os animais são os outros dos humanos, que apelam, a seu modo, para a nossa consciência moral e religiosa. Uma ética e uma teologia inspiradas pelo “princípio-compaixão”, pelo “princípio-libertação” e pelo “princípio cuidado” não podem ficar indiferentes ao sofrimento e morte de nenhuma criatura inocente. Os animais, os “outros do humano”, são criaturas inocentes em permanente sofrimento e morte, esperando compaixão, libertação e cuidado.
O comportamento especista elitista, das pessoas na vida atual que rebaixa os outros animais à condição de coisa e propriedade, e comportamento especista seletivo que ama gatos e cachorros, mas fica indiferente aos sofrimentos e morte de outros animais, precisa ser confrontado com o pensamento ético e teológico crítico. Hoje não é apenas tarefa emergente, tornou-se urgente. Esse é o projeto e a modesta colaboração que este livro procura prestar para uma mudança de paradigma na relação com os animais não humanos.
Ao explicar o conteúdo da obra, Gilmar Zampieri, diz, “A Vida dos Outros não é um livro de fofocas. É um livro sobre amor e afeto para com os animais. Mas é mais que isso. É um livro sobre a vida dos animais pensada não a partir de nossos interesses, mas dos seus. Um livro de Ética e religião. Um livro de filosofia e teologia de libertação animal. Um livro para nos tornar mais humanos”, explicou o escritor.
Coube ao Luiz Carlos Susin, doutor em teologia, apresentar rapidamente a tradição bíblica e cristã, e a tradição de São Francisco de Assis sobre os animais que a obra nos convida a refletir.
Além da divulgação em veículos de comunicação palestras em São Paulo, os autores também divulgaram “A Vida dos Outros”, na 61ª Feira do Livro de Porto Alegre no ano passado.
Acompanhe entrevista concedida à Rádio Gazeta de São Paulo.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei João Carlos Romanini (Frat. São Judas Tadeu)