A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos no Rio Grande do Sul foi homenageada durante o Grande Expediente Especial, na sessão plenária da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS), nesta quarta-feira (30), pelos 120 anos de presença dos freis Capuchinhos no Rio Grande do Sul. A iniciativa, que foi proposta pelos deputados Sérgio Turra (PP) e Gilmar Sossella (PDT), contou com a presença do provincial dos Capuchinhos do RS, frei Cleonir Dalbosco; do conselheiro-geral da Ordem, frei Sérgio Dal Moro; do conselheiro provincial, frei Luiz Turra; do presidente da Fundação Irmão José Otão, representando a PUC/RS, professor João Dornelles Júnior e de vários outros freis. Para o provincial, receber uma homenagem do parlamento gaúcho significa também olhar para trás e reconhecer que desde o início, com os primeiros Capuchinhos vindos da França, a semente da espiritualidade e do desenvolvimento das comunidades foi uma constante em diferentes setores.
O deputado Sossella iniciou citando a lembrança do Calendário Antoniano distribuído pela Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que seus pais mantinham exposto em casa, com muito louvor. "Também recordo os programas produzidos pelos freis que sempre ouvíamos em família, quando eu era criança, transmitidos pela rádio Fátima, de Vacaria, e pela rádio Alvorada, de Marau", registrou. A ação dos capuchinhos, hoje, disse o deputado, abrange missões populares e ações sociais com mais de 20 projetos. Neste sentido, destacou a Legião Franciscana de Assistência aos Necessitados - Lefan, guarda-chuva de inúmeros projetos sociais voltados aos idosos, aos adolescentes, às crianças e à inserção no mundo do trabalho. “Ainda dentro da área social, ressaltamos os projetos que contam com a Lefan como apoiadora e parceira, como o Projeto Mão Amiga, que acolhe, desde 2009, famílias que possuem crianças de zero a seis anos não foram contempladas com vagas nas escolas públicas de educação infantil, de Caxias do Sul, e os encaminha a escolas particulares parceiras do projeto", disse. Ele também ressaltou a importante participação dos franciscanos na área da comunicação social e a missão no Haiti.
“É com sentimento de gratidão que lembramos o legado dos Capuchinhos para o RS", disse o deputado Turra no seu pronunciamento. Segundo ele, os frades “na nossa história, tiveram uma missão espiritual transformadora para as comunidades gaúchas. Anunciaram a mensagem do Evangelho com postura inspirada no carisma de São Francisco de Assis, marcada pela simplicidade, humildade e pelo desprendimento material”, disse. “Eles desempenharam um importante papel social e econômico. Quando vieram da Europa, trouxeram uma visão arrojada de desenvolvimento, introduzindo cultivos e incentivando a agricultura familiar”, recordou. “Os capuchinhos não entregaram o peixe, mas ensinaram nosso povo a pescar”, destacou. O deputado Turra sublinhou a importância da congregação em sua cidade natal, Marau, “onde os Capuchinhos foram protagonistas de avanços importantes da história da cidade”, especialmente na saúde. “Os religiosos oferecem assistência espiritual para pacientes e seus familiares. Em Porto Alegre, são muitos os hospitais que contaram com esta dedicação dos Capuchinhos: São Lucas, Belém, Clínicas, Mãe de Deus, Instituto de Cardiologia e outras entidades”. Ao encerrar, citou a presença do seu tio, Frei Luiz Turra. “Tenho o privilégio de acompanhar de perto, na minha família, o belo testemunho do tio Luiz. É uma vida de entrega e dedicação, tanto em seu sacerdócio como no trabalho para as comunidades das paróquias em que atua”, enfatizou.
*Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei João Carlos Romanini (Frat. Imaculada Conceicao)