Celebração comemora presença dos Freis Capuchinhos em Bagé

No sábado, uma celebração comemorou os 120 anos da presença Rio Grande do Sul, os 73 anos em Bagé. Durante celebração foi comemorado os 90 anos de vida do frei Durval Muraro.

A celebração ocorreu na Igreja da Conceição, com a presença do vigário provincial, frei Nilmar Carlos Gatto, A celebração presidida pelo bispo Dom Gílio Felício, também contou com a presença de dos capuchinhos e comunidade de Bagé.

Frei Nilmar Gatto destacou a missão dos capuchinhos na região da fronteira Ele salientou da alegria em comemorar com a comunidade bajeense, que durante muitos anos dedicaram a ações d evangelização e de cuidado. Um Exemplo é frei Durval que dedicou sua vida ao trabalho, com iniciativas e ações importantes como, por exemplo, o Instituto de Menores”, frisa.

Frei Durval Muraro

Frei Durval se diz feliz em chegar aos 90 anos de vida, com vigor da vocação. Ele relata a o jornal (Folha do Sul), que está orgulhoso pela acolhida das pessoas de Bagé, desde o ano de 1955. “Muitos souberam dar auxílio e abrigo aos freis capuchinhos que passaram por Bagé. A cidade abraçou a causa franciscana há 73 anos. Eu dou graças por tudo isso. Foram tempos de muito trabalho, que resultaram na grande obra aqui construída” relata Muraro emocionado.

 Frei Durval  nasceu no dia 25 de maio de 1926, em Nova Araçá, no Rio Grande do Sul. Filho de Antônio Muraro e Hermínia Verde Muraro, tem mais nove irmãos. Além disso, compartilhou a vida religiosa com as manas, Cecília e Rosa, já falecidas. Teve o apelo ao sacerdócio quando do primeiro contato com os freis capuchinhos em Nova Araçá (Diocese de Caxias do Sul). Em 1947, é admitido na Ordem dos Freis Capuchinhos. Logo em seguida, é transferido para a cidade de Marau, onde faz o curso de Filosofia e permanece até 1949.

 Depois, entre os anos 1949  e 1951, conclui os estudos no curso de Teologia, em Garibaldi, RS. Foi ordenado no dia 28 de dezembro de 1952, na Igreja de São Brás, em Parai, com o lema escolhido: “A serviço do Evangelho”. Em janeiro de 1955, é destinado para Bagé, onde assume a direção do Instituto de Menores. Aqui realizou diversas iniciativas para a comunidade, reconhecidas por homenagens como o título de Cidadão Bageense (1979), Troféu Bravo (1990), título de Honra ao Mérito (2001), pela Câmara de Vereadores de Bagé, entre outros. Além disso, frei Durval Muraro presta serviço de assistência religiosa nas comunidades de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Stand, e São Francisco de Assis, no bairro Floresta.

Ações

Os capuchinhos chegaram em Bagé na década de 40, do século passado, por solicitação do Monsenhor Costábile Hipólito, para atender à Paróquia São Sebastião. Chegaram em 1943, os freis Afonso de Caxias, Celestino de António Prado e Crispim de Sananduva. Eles passaram a residir na Casa Paroquial, junto com o Monsenhor Costábile Hipólito.

Entre as muitas ações dos freis capuchinhos na Rainha da Fronteira, dentro de todo o trabalho para a comunidade, destacam-se a reforma da Matriz e a formação de novas comunidades, tais como: São Judas, Santa Tereza, São Francisco, Santa Rosa, Hulha Negra, Nossa Senhora Aparecida, Santa Flora, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Graças e juntos aos quartéis. No ano de 1946, fundaram o Instituto de Menores, com 15 crianças, sendo o primeiro diretor o frei Nicolau de Segredo. Nos anos seguintes, os capuchinhos construíram a nova Igreja Nossa Senhora da Conceição, o convento e o Colégio Santo Antônio.

Atualmente, os capuchinhos marcam sua presença atuando em três frentes: Igreja da Conceição, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Universitário e Gráfica Instituto de Menores.