Necrologia

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Frei Fabiano Cavalca

10/02/1914
01/01/1999

Bento Gonçalves/RS


Mestre da Vitivinicultura, apaixonado pelas coisas que fazia, identificado com parreiras e com vinhos, foi homenageado pela província, que mantém uma cantina registrada com o seu nome VINHOS FREI FABIANO, em Vila Flores/RS.

 

Registro
Ingressou no Seminário São José- Veranópolis em 30.03.1930. Fez o Noviciado e Professou em Flores da Cunha(RS) no dia 03.08.1935. Em sua longa vida de frade atuou em Veranópolis, Rio Grande, Santa Maria, Ipê e durante 48 anos, no Seminário Santo Antônio em Vila Flores. Recebeu o Título de CIDADÃO VILAFLORENSE, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores de Vila Flores/RS. Faleceu dia 1º.01.1999, no Hospital N. S. de Lourdes em Veranópolis, vitimado pelo Câncer. Foi Sepultado no dia 02.01.1999, no Cemitério Comunitário de Vila Flores, no jazigo dos Frades Capuchinhos. Contava com 85 anos incompletos.

 

Informações pessoais
Filho de Alcides Cavalca e Eulália Úmiltà Cavalca, a Pia Batismal, no dia 25.03.1914, recebeu o nome de CARLOS MAXIMINO CAVALCA

Frei Pedro Bianchi

04/09/1935
01/02/2008

São João da Urtiga - RS

 

Destacou-se ainda como Missionário Popular. Nos lugares por onde passou deixou profundas marcas de dedicação e bondade, tanto nos frades como no povo. Em Lagoa Vermelha foi marcante sua atuação na construção da Matriz e do salão Paroquial e do Prédio Patrimônio da Paróquia São Paulo.  Após, auxiliou na construção da Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio. Em Cuiabá destacou-se como organizador de comunidades.

 

Registro
Entrou no seminário Seráfico São José, em Veranópolis no dia 20 de abril de 1948. Realizou o ano do noviciado em Flores da Cunha e professou no dia 25 de janeiro de 1956, quando recebeu o nome religioso de Frei Bonifácio de São João da Urtiga; a ordenação sacerdotal no dia 12 de julho de 1964, na Igreja Santo Antônio do Partenon, em Porto Alegre. Atuou em 1964 e 1965, na Pastoral na Vila Maria Conceição e Jardim Botânico, em Porto Alegre; de 1966 a 1976: Vigário cooperador na Paróquia São Paulo, Lagoa vermelha; de julho de 1976 até início de 1977: Vigário Cooperador na Paróquia Santo Antônio, Lagoa Vermelha; em 1977 e 1978: Pároco da Paróquia São João Batista, Esmeralda; de 1979 a 1987: Membro da Equipe das Missões Populares, Vacaria; de 1988 a 1995: Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Cuiabá-MT; de 1996 a 1999: Vigário Paroquial da paróquia Santa Cruz, Barra do Bugres-MT. Retorna ao Rio Grande do Sul em 2000, e assume como Vigário Paroquial da Paróquia Santo Antônio, Lagoa Vermelha; de Janeiro a julho de 2003, Vigário Paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Caseiros; de Agosto de 2003 até o presente momento: Serviços apostólicos, pastoral hospitalar e tratamento de saúde na Fraternidade e Paróquia Nossa Senhora da Soledade, em Soledade. 

 

Informações pessoais
Filho de João Baptista Bianchi e Clementina Farina.
Frei Pedro era zeloso, dinâmico, alegre, muito trabalhador, de fácil comunicação, sempre muito otimista. Contagiava pela sua bondade e pelo ardor missionário. Era um verdadeiro seguidor de São Francisco de Assis. Em 1993, sofreu ameaça de infarto e implante de ponte de safena. A partir de 1999, com bronquite crônica, seu calvário tornou-se longo e penoso devido às constantes crises e hospitalizações.

 

Em dezembro de 2007, com gravíssimas complicações pulmonares, foi levado ao Hospital Pereira Filho da Santa Casa, em Porto Alegre. Em meados de janeiro transferiu-se para a Casa da Saúde São Frei Pio, em Caxias do Sul. Dia 1º de fevereiro, sentiu-se mal. Foi levado ao Hospital Pompéia, Caxias, mas não resistiu a insuficiência pulmonar crônica, faleceu aproximadamente às 19 horas. Foi velado na capela do Convento da Imaculada, em Caxias do Sul, até a manhã do dia dois. Após o corpo foi transladado para Lagoa Vermelha e velado na capela da Matriz da paróquia Santo Antonio. Às 16 horas foi celebrada missa de corpo presente, estando presentes freis Álvaro Morés (provincial) e Alceu Ferronato (definidor), representando a Província, além dos confrades da Fraternidade de Lagoa e fraternidades próximas. Ao todo concelebraram 17 sacerdotes (capuchinhos e do clero secular) e o bispo Dom Ângelo D. Salvador. Dom Orlando Dotti enviou representante para a celebração. O sepultamento foi no jazigo dos freis, no Cemitério Municipal de Lagoa Vermelha. Frei Pedro contava 72 anos de idade, 52 anos de Vida Religiosa e 43 anos de Ordenação Sacerdotal.

Frei Beda Toffanello

18/04/1907
01/03/1986

18.04.1907 - Gavello/Itália
01.03.1986 - Curitiba/Paraná

Nasceu em Gavello (Itália), aos 18 de abril de 1907. Atraído pela pregação de um capuchinho, entrou no seminário de Rovigo dos capuchinhos aos 6 de outubro de 1919. Iniciou (29.09.1923) o noviciado em Bassano del Grappa, tendo como mestre Frei Marcelino de Cartigliano. Terminado o noviciado, emitiu sua primeira profissão (30.09.1924) e a perpétua (08.12.1928) em Veneza, nas mãos do Ministro provincial, Frei Odorico de Pordenone. Ordenado sacerdote na Basílica de São Marcos, em Veneza, aos 21.03.1931, pelo então cardeal Dom Pedro La Fontaine.

Seu pedido para ser missionário foi aceito e, aos 20 de setembro dee 1933, iniciou sua viagem ao Brasil, destinado para a Missão do Paraná, onde chegou com os freis Zeferino de Cassacco, Barnabé de Guarda Veneta, Galdino de Vigorovéa e Marcos de Longarone, aos 11 de outubro de 1933.

Aqui, seu campo de apostolado foi Curitiba (1933-35; 1944-1948; 1971-1972), Butiatuba (1935-1936; 1937-1939; 1948-1949; 1955-1958; 1958-1961; 1968-1971), Capinzal (1936-1937), Jaguariaíva (1939-1941), Santo Antônio da Platina (1958; 1961-1962; 1967-1968), Bandeirantes (1967), Londrina (1972-1973) e Rio Branco do Sul (1973-1978).

Nesses lugares trabalhou como professor, superior local, diretor do curso de pastoral, ecônomo local, vice-superior, reitor da igreja Nossa Senhora das Mercês, vigário paroquial e pároco. Quase sempre foi superior de fraternidades, ecônomo nas casas de formação, pastor dedicado nas paróquias e orientador espiritual. Vivia de maneira austera, mas sempre mostrando simplicidade e espontaneidade.

Pregou muitos retiros aos nossos frades desde 1946 até 1958. Dirigiu a construção da torre da igreja de Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba, inaugurada em 1949, mas sem os sinos; foi autorizado a estudar as reformas de nosso cemitério de Butiatuba (1969) e iniciou a nova igreja matriz de Almirante Tamandaré (1969).

Sua vida foi dedicada à evangelização e à formação de sacerdotes. Pequeno de estatura, magro de corpo, mas grande alma. Foi exemplo de vida comunitária e fraterna. Amava a oração, tanto particular como comunitária. Gostava de cultivar amizades e apreciava um copo de vinho nas brincadeiras com os amigos. Tinha sempre saídas espirituosas e alegres.

Em quase todas as segundas-feiras, Frei Beda visitava suas famílias conhecidas na região de Rio Branco do Sul, onde fora pároco. No último sábado de fevereiro (1986), quis celebrar as duas missas na paróquia de Itaperussu, onde tinha muitos amigos. O povo admirou-se de seu entusiasmo nas homilias. Era o canto do cisne! Ao meio dia almoçou com a família Peruzzolo e passou a tarde lembrando fatos do passado. Regressou ao convento de Butiatuba. Pelas três horas da manhã, ouvindo gemidos, um frei se levanta. Entrando no quarto de Frei Beda, encontra-o inconsciente. Levado imediatamente ao hospital Nossa Senhora das Graças foi constatada a gravidade do caso. Recebeu a absolvição e a unção dos enfermos através de Frei João Daniel Lovato, Ministro provincial.. Melhorou um pouco, mas na sexta-fera entrou em agonia. Faleceu na paz do Senhor à 3h20 de 1 de março, Sábado, de 1986, no mesmo hospital. Os médicos constataram insuficiência respiratória, broncopneumonia, doença pulmonar obstrutiva, tabagismo crônico. O arcebispo de Curitiba, DomPedro Fedalto, esteve presente aos funerais.

Frei Beda foi um capuchinho muito simples, humilde e pobre. Um verdadeiro filho de São Francisco: morreu sem nada ter. Tinha medo da morte e por isso até se esquivava de visitar os doentes.

Seus 79 anos foram de fidelidade e doação ao serviço da Igreja e da Ordem Capuchinha, na Província do Paraná e Santa Catarina.

Frei Cirino Primon (João)

20/08/1920
01/07/1996

Sacerdote.

Nasceu no dia 20 de agosto de 1920 em Getúlio Vargas/RS. Filho de Virgínia Bosa e José Primon.

  • Ingressou no Seminário no dia 10 de junho de 1932 em Veranópolis/RS.
  • Profissão Temporária no dia 06 de janeiro de 1938 em Flores da Cunha/RS.
  • Profissão Perpétua no dia 19 de setembro de 1941 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Diaconal no dia 19 de setembro de 1943 em Garibaldi/RS.
  • Ordenação Presbiteral no dia 13 de agosto de 1944 em Garibaldi/RS por Dom José Baréa.

 

Na Província do Rio Grande do Sul trabalhou em Vila Ipê, por um ano, seguindo, após para as missões, juntamente com Frei Amadeu Semin, em Portugal e Angola (por 23 anos).

Em 1970 integrou-se à Província do Brasil Central e trabalhou em Campo Grande/MS, Brasília/DF, Ceilândia Sul/DF, Rio Verde de Mato Grosso/MS e Coxim/MS.

Faleceu no ano de 1996 em acidente de carro na BR-163, próximo a Bandeirantes/MS, motivado por espessa fumaça de queimadas. Foi sepultado em Coxim/MS. Posteriormente seus restos mortais foram transferidos para Rio Verde de Mato Grosso/MS.

Estava com 76 anos, 58 de vida religiosa e 52 de Presbítero.

Frade severo e pobre consigo mesmo, mas bondoso, compreensivo com os mais necessitados, sacerdote decidido, empreendedor, bom administrador, zeloso na assistência religiosa ao povo que lhe era confiado.

Frei Epifânio A. Menegazzo

27/07/1906
01/07/2002

Frei Epifânio nasceu em Limeira no dia 27 de julho de 1906. Seu nome de batismo e civil era Antônio Menegazzo. Era filho de Agostinho Menegazzo e Letícia Cia. Foi batizado na igreja de Vila Americana, Tatu, em Limeira, aos 1º de setembro de 1906 e crismado na mesma igreja no dia 10 de fevereiro de 1909. Fez a Primeira Eucaristia na igreja de Santana, São Paulo, em setembro de 1915. Cursou os primeiros estudos no Grupo Escolar de Santana, em São Paulo.

Vocação adulta

Entrou para o Seminário São Fidélis de Piracicaba aos 29 de janeiro de 1930, com 24 anos de idade. Sua profissão era seleiro. Tinha uma selaria num sobradinho atrás da Estação Sorocabana em São Paulo.

Noviciado e profissão

Vestiu o hábito franciscano capuchinho, iniciando o noviciado no convento Sagrado Coração de Jesus, em Piracicaba, no dia 21 de fevereiro de 1932. Foi seu Mestre Frei Felicíssimo de Prada. Fez a profissão temporária perante Frei Jacinto de Prada no convento de noviciado, no dia 26 de fevereiro de 1933. Emitiu a profissão perpétua perante Frei Salvador de Cavêdine, no convento São José de Mococa, aos 1º de março de 1936.

Filosofia, Teologia e Ordenação

Estudou Filosofia em Piracicaba, Mococa e São Paulo, nos anos 1933 a 1935 e Teologia em São Paulo e Mococa, nos anos 1936 a 1939. Recebeu a Primeira Tonsura e duas Ordens Menores conferidas por Dom Alberto José Gonçalves, em São José do Rio Pardo, aos 17 e 18 de agosto de 1937 e as outras Ordens Menores conferidas por Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, em São Paulo no dia 6 de março de 1938. Foi ordenado Subdiácono aos 11 de junho de 1938 e Diácono por Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, em São Paulo aos 24 de setembro de 1938. Recebeu a Ordenação Sacerdotal pela imposição das mãos, de Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, em São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1938.

Mestre de Noviços

Concluídos os estudos em novembro de 1939, aos 7 de dezembro foi ser Vice-Mestre de Noviços no convento Santa Clara de Taubaté. Dois anos depois, em dezembro de 1942 foi nomeado Mestre de Noviços. Por oito anos desempenhou este serviço até dezembro de 1950, sendo nomeado Guardião do convento Santa Clara em Taubaté. De novembro de 1952 a dezembro de 1960 foi Mestre de Noviços em Barcelos, Portugal. De junho de 1955 a junho de 1958, Assistente do Comissário Geral de Portugal e Vice-Guardião do convento. Anos mais tarde, de 17 de janeiro de 1963 a 17 de janeiro de 1964, desempenhou outra vez o serviço de Mestre de Noviços, no convento Santa Clara, em Taubaté. Prestou serviços no noviciado por 20 anos, 3 como Vice-Mestre e 17 anos Mestre de Noviços.

Guardião e Pároco

Frei Epifânio foi Guardião em Taubaté nos anos 1951 e 1952. Em Marília foi Guardião e Pároco, de 1964 a 1969. Em Penápolis, foi Guardião e Pároco de 1975 a 1978.

Outros conventos e paróquias

Além do serviço de Mestre de Noviços, Guardião e Pároco, Frei Epifânio trabalhou em São Paulo, Imaculada Conceição, Piracicaba, no convento Sagrado Coração de Jesus, Santo André, Botucatu e Santos. Em todos estes conventos e paróquias foi Vigário Cooperador, confessor, orientador espiritual e sempre disponível para qualquer atendimento pastoral.

Obediência derradeira

Desde 1985 residia em Taubaté. Participou do último Capítulo Provincial no Seminário São Fidélis, de 13 a 16 de novembro de 2001. No início de 2002 foi para a Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos, em Piracicaba, para tratamento de saúde. Aí recebeu a obediência derradeira, o chamado de Deus para a vida na eternidade. Frei Epifânio faleceu na Santa Casa de Piracicaba no dia 1º de julho de 2002, às 2 horas e 10 minutos da madrugada. O atestado de óbito deu como causa da morte: Septicemia, Arritmia Cardíaca, Broncopneumonia. Foi velado na igreja do convento Sagrado Coração de Jesus. Às 10 horas foi celebrada uma missa exequial. Seu corpo foi transladado para Taubaté a pedido de seus familiares.

Às 15 horas do dia 1º de julho, na igreja do convento Santa Clara, foi celebrada a missa exequial presidida por Dom Carmo João Rhoden, SCJ, Bispo diocesano de Taubaté, concelebrada pelo Ministro Provincial, Frei João Alves dos Santos, por vários sacerdotes capuchinhos, sacerdotes diocesanos, com participação dos pós-noviços, postulantes, grande multidão de fiéis, amigos e familiares. Após a celebração exequial, o corpo de Frei Epifânio foi sepultado na capela dos Frades Capuchinhos, no cemitério ao lado do convento Santa Clara, em Taubaté.

Estimado Confessor e Diretor Espiritual

Frei Epifânio era muito estimado como confessor e orientador espiritual, sendo considerado Pai Espiritual pelos fiéis, pelos sacerdotes e religiosas. Foi homem de verdadeira experiência de Deus em fervorosas e continuas orações.

Austeridade de vida

Viveu uma vida de austeridade mostrada em rigorosas abstinências, jejuns e práticas penitenciais, sendo prudente e zeloso com a saúde pessoal e dos outros. Manifestou austeridade na vida de pobreza e obediência. Até o fim da vida, em tudo dependia da obediência aos Superiores.

Gostava de fazer suas férias nos conventos da Província. Celebrava a santa missa de manhã ou nos horários permitidos, tomava refeições, lavava suas roupas pessoais e passava o dia na cela em oração.

Nos conventos onde morou era assim que vivia estando sempre atento ao chamado do porteiro ou ao toque da campainha para o pronto atendimento às confissões ou aconselhamentos na sala conventual.

Comprendia o trabalho como dom divino. Na segunda-feira, dia de folga para o descanso, ele atendia confissões, às vezes, o dia inteiro. Jamais se negava ao atendimento de quem o procurasse. A quem o questionasse sobre o cansaço respondia: “Se Deus me envia trabalho é porque sabe que darei conta”.

Apaixonado pelo Evangelho e por São Francisco

Nos Capítulos e Assembléias Provinciais, nos encontros regionais, reciclagens e retiros da Província, fazia eloqüentes intervenções em que demonstrava amor apaixonado pelo Evangelho, tendo como modelo nosso Seráfico Pai São Francisco ao escrever: “A Regra e Vida dos Frades Menores é esta: observar o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade” (RB, Cap. I).

Em suas cartas e anotações pessoais afirmava com segurança que os Reitores, Diretores de Estudantes, Mestres de Noviços e frades nos conventos deviam ser exemplos vivos do Evangelho, da Regra e das Constituições, como fez São Francisco, Santa Clara e um exuberante catálogo de santos franciscanos e capuchinhos. Nas afirmações orais e escritas, com freqüência, fazia citações do Evangelho e das Cartas dos Apóstolos.

Escreveu e publicou “Opúsculo” sobre a vida de São Francisco, por ocasião do jubileu de sua morte (750 anos), mais uma novena de São Francisco de Assis.

Exemplo de vida capuchina

Frei Epifânio foi um exemplo vivo de simplicidade e alegria franciscana capuchinha. Acreditava e confiava na Providência Divina. Para ele, Deus, o único e supremo Senhor, é tão bom que liberta de todas as preocupações da vida aqueles que se põem ao seu serviço e se abandonam à sua Providência Divina. Nunca se deixava levar pela angústia. Não se inquietava, nem se afligia, mas “buscava em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça” (Mt 6, 33).

Os problemas da vida não lhe tiravam a alegria de viver. Acordava muito antes dos outros confrades, tomava seu suco de laranja e se dedicava ao seu cultivo espiritual nas primeiras horas da manhã. No convento onde morava e nos outros onde se realizavam encontros fraternos, era o primeiro a comparecer ao coro, à capela para o Ofício Divino e orações da comunidade.

Era muito compreensivo diante das mudanças provocadas pela renovação da Igreja e pelo progresso do mundo atual. Tinha capacidade de abertura ao novo, ao diálogo e de respeitar o diferente sem perder o que para ele era essencial. Participava intensamente de todos os eventos programados e de todos os encontros fraternos da vida da Província.

Gostava de futebol

Sem nenhum prejuízo para sua vida austera de observância regular, de orações e santas meditações, acompanhava o esporte de futebol. Conhecia tudo sobre times, jogadores, técnicos, árbitros atuais e antigos, sendo grande torcedor, especialmente da seleção brasileira quando havia copa mundial. Vibrava quando o Brasil ganhava e sofria com as derrotas. Não pôde torcer na copa de 2002 porque seu estado de saúde não permitia e foi comemorar o “Penta” no céu.

A cura pelo limão

Deixou uma pasta com muitas receitas de medicina caseira, tiradas de revistas, jornais e pequenos impressos. A principal delas, por ele fielmente utilizada, é a cura pelo limão, útil para tantas doenças, desde a simples gripe ao pior dos males. Acreditava que o limão é o remédio da longa vida, prolonga a juventude e afasta a velhice, rejuvenescendo as células do sangue e tecidos.

Frei Epifânio viveu 95 anos e 11 meses de idade. Faleceu no dia 1º de julho de 2002. No dia 27 do mesmo mês completaria 96 anos, sendo 69 de vida religiosa na Ordem Franciscana Capuchinha, 63 anos e 7 meses de ministério sacerdotal.

(Cf. “Vida Freterna” nº 237, 357 e 401. “Regra e Vida” nº 106, pag. 236-238).

Frei Joaquim Dutra Alves, O.F.M. Cap.

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