Frei Salvador Conrado Casumaro
21.07.1918 - Megliadino San Vitale/Itália
02.10.1996 - Conegliano/Itália
Frei Salvador era filho de Pedro Casumaro e Carolina Tavian. Nasceu aos 21 de julho de 1918 em Megliadino San Vitale, diocese de Pádua, na Itália. Seu pai não estava em casa, porque tinha sido chamado às armas na primeira guerra mundial. Foi batizado aos 12 de agosto de 1918 e crismado aos 08 de novembro de 1926, em sua terra natal.
Ingressou para o seminário de Rovigo aos 19 de setembro de 1931. Sua vestição foi aos 02 de setembro de 1936, em Bassano del Grappa, tendo como mestre de noviciado Frei Romualdo de Soave. Professou temporariamente aos 03 de setembro de 1937 na casa de noviciado, e perpetuamente aos 14 de setembro de 1941 na Fraternidade de Veneza. Depois de ter recebido a tonsura (20.12.1941), o ostiariado e leitorado (21.03.1942), o exorcistado e acolitado (28.06.1942), o subdiaconato (10.04.1943) e o diaconato (24.04.1943), foi ordenado sacerdote, pelas mãos do Cardeal Adeodato Piazza, patriarca de Veneza, aos 03.06.1943, na igreja Nossa Senhora della Salute.
Desde o curso de eloquência, apresentou por diversas vezes o pedido de ser missionário. Finalmente, aos 21 de abril de 1947, com o navio Ravello, embarcou em Gênova, para o Paraná, juntamente com os freis Ambrósio Canato de Bagnoli, Lúcio Bovino de ásolo, Vitório Pagliarini de údine, Bernardino Tomat de Venzone, Crispim de Vigorovea. Chegou em Santo Antônio da Platina aos 14.05.1947.
Durante os 13 anos que viveu em nossa Província, trabalhou nos seguintes lugares: Butiatuba como vice-diretor do seminário (1948-1948), Joinville como diretor do Círculo Operário (1948-1950), como pároco em Alto Paraná (1952-1954) e Curitiba-Mercês (1955-1960). Foi o primeiro pároco em Alto Paraná e teve papel fundamental no traçado da planta da cidadezinha e seu desenvolvimento. De Alto Paraná veio diretamente a Curitiba, onde assumiu o cargo de pároco da igreja Nossa Senhora das Mercês (1955-1960). Contudo, a construção do Salão Social, na quadra das Mercês, provocou-lhe muitas dificuldades e aborrecimentos. Teve que fazer empréstimos, caindo nas redes da usura. Desgostoso, planejou em deixar o campo missionário e regressar à Província de Veneza. O Comissário provincial assim dizia dele: "Conhecemos muito bem Frei Salvador de Megliadino, que deixa entre nós muitas lembranças suas, muitos trabalhos e muitos méritos".
Aos 11 de abril de 1960 retornou definitivamente à Província Vêneta, onde escreveu suas memórias autobiográficas, em nove volumes (1.300 pág.), abrangendo o período de 1931 até 1987, nos quais conta muitos e muitos de sua vida apostólica no Brasil com muitos e curiosos detalhes.
Nesse mesmo ano, tinha recebido a obediência para ir à Angola mas, por fatos imprevistos, foi suspensa. Exerceu o cargo de superior dos capuchinhos no hospital São João e São Paulo, em Veneza (1963-1966), de superior na enfermaria provincial em Conegliano (1969), de secretário provincial das Missões (1969-1971). Fez parte da equipe que ajudava o Instituto Filippin de Paderno del Grappa (1972-1975) e, em seguida, prestou ajuda pastoral às fraternidades de Conegliano e ásolo.
Aos 16 de março de 1978, durante as pregações em Lamezia Terme (CZ), uma trombose deixou-o em parte paralítico. Passou então anos difíceis, denotando, às vezes, frustração e desânimo. A idade e a doença o tornaram um pouco volúvel, ilógico nas reações. Mas, mesmo assim ajudava na secretaria das Missões. Como suas dificuldades cresceram, foi transferido para a enfermaria provincial, onde continuou a escrever suas memórias e, às vezes, ajudava nas confissões até o final de outubro de 1996.
Faleceu improvisamente na tarde de 2 de outubro de 1996, em Conegliano, na enfermaria provincial. Aos 5 de outubro de 1996, após a missa exequial em sua terra natal, foi sepultado no jazigo de seus familiares, em Megliadino San Vitale, Itália.