Diante da situação dramática que vivem povos indígenas de nosso país, chegando ao limite de assassinatos neste tempo do Advento, e em sintonia com o pronunciamento de D. Walmor Oliveira de Azevedo, Presidente da CNBB, divulgado no dia 18 de dezembro de 2019 (veja em https://youtu.be/95POVhKulf8), gostaríamos de sugerir um gesto de solidariedade com nossos irmãos das comunidades indígenas neste tempo litúrgico no qual adoramos o
Senhor que nasce em uma manjedoura. O Papa Francisco nos convidou a olhar para o Presépio como um SINAL ADMIRÁVEL. Inspirados pelo Deus que nasce nos meio dos pobres, como pobre, possamos estar juntos/as daqueles/as que neste momento da história estão na manjedoura sem nenhuma proteção.
Convidamos as comunidades eclesiais, paróquias, pastorais, movimentos e organismos eclesiais, ordens e congregações religiosas a inserir, se possível já na liturgia do 4° domingo do Advento, ou nas do Natal, ou no dia em que celebramos a Paz Universal, segundo o costume e a realidade de cada grupo ou local, este gesto de compromisso com a defesa da dignidade da vida ameaçada de descendentes de quem primeiro habitou nosso território.
Algumas sugestões:
– Colocar nos presépios algo que possa simbolizar os povos indígenas, fazer uma oração e um canto em memória indígena (pode ser a oração da Campanha da Fraternidade de 2002 – Fraternidade e Povos Indígenas, que teve como lema “Por uma terra sem males”);
– Rezar pela Paz nos territórios indígenas nas celebrações, vigílias e caminhadas pela paz que serão realizadas no dia 01/01/2020, usando velas, roupas brancas e a oração da CF 2002 nestas celebrações;
– Na medida do possível, projetar o pronunciamento de D. Walmor nestas ocasiões e/ou dar ampla divulgação ao mesmo, inclusive nos meios de comunicação católicos;
– Um exemplo inspirador vem do Regional Nordeste 2: no 4º domingo do Advento será celebrado o 39º Natal das Comunidades, reunindo 3 dioceses do Agreste de Pernambuco (Garanhuns, Floresta e Caruaru). Na ocasião será passado o vídeo do presidente da CNBB, e na Celebração Eucarística a situação dos indígenas será lembrada no Ato Penitencial, nas Preces e a Oração e pela Paz;
– Nos locais onde há comunidades indígenas, convidar algum/a deles a para relatar a situação que enfrentam nas celebrações;
– Convidar as famílias a acender velas na frente ou na janela das casas em uma noite determinada.
São apenas alguns exemplos. Peçamos que Espírito Santo que tudo move e renova suscite a criatividade e o empenho das equipes de liturgia e demais grupos para que possamos estar em sintonia com as indicações do Sínodo Pan-Amazônico.
Assinam:
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Marcelo Toyansk (Conferência CCB)