É o ano da chegada dos primeiros frades capuchinhos a Minas Gerais. Na época, vinham sobretudo da Província de Siracusa, na Sicília, e se empenhavam na evangelização pelos sertões mineiros.
Chegaram ao Comissariado do Rio de Janeiro, responsável pela entrada dos capuchinhos no Brasil, os freis Jerônimo de Monreale e Antônio de Perúgia. Os dois frades perambularam pelo interior de Minas GErais, pregando, construindo e consertando igrejas, fundando pias associações, difundindo as grandes devoções populares, que perduram ainda hoje em todas as regiões. Em 1752 Frei Jerônimo esteve uma segunda vez em Minas quando se interessou pelo célebre recolhimento de Macaúbas, no município de Santa Luzia, a fundação religiosa mais antiga da Capitania. Foi ele que redigiu os estatutos dessa fundação, que vigoraram por longos anos.
Novos grupos de missionários capuchinhos italianos, do pequeno Convento do Rio de Janeiro, percorreram novamente as regiões do Estado. Após essas épocas, a presença ambulante dos Capuchinhos em Minas sofreu uma sensível redução e assim perdurou por alguns anos, tendo por causas: primeiro o fato de que a partir de 1781 a missão do Rio de Janeiro uma organização estável de catequese indígena ao longo do Rio Paraíba, o que exigia o trabalho constante de bom número de frades e segundo por causa das dificuldades no relacionamento da Santa Sé com Portugal, fruto ainda da nefasta política do Marquês de Pombal. De 1795 a 1814 só se tem notícia de Frei Luiz de Balestrino, missionário incansável que percorreu várias capitanias, inclusive a nossa.