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"Quem atravessaria o mar por nós?" (Dt 30,13)

21/08/2015 - 11h10
Depoimento de Frei Plínio Lukian sobre a missão em Primeira Cruz (MA), celebrando os 400 anos da chegada dos Capuchinhos ao Brasil

Ao longo dos 400 anos da atividade do vigor missionária em terras maranhenses o esvaziamento interno de cada missionário se fez precioso para encher o coração do carinho de Deus, para que a missão fosse fecunda. Assim como Jesus Cristo esvaziou-se de si mesmo e tornou-se semelhante a nós para inaugurar o Reino de Deus em nosso meio, Francisco de Assis em harmonia ao Cristo pobre despoja de si mesmo para viver e amar o Evangelho na acolhida aos irmãos. Esse Carisma de amor da Missão Capuchinha motivou nossos confrades no ano 1612 há atravessarem o mar pelo Evangelho de Nosso Senhor, marcando definitivamente nossa presença e ação no Brasil, inicialmente em Primeira Cruz - MA.

 

Impulsionados pelo Espírito Santo, nós Frades Capuchinhos de todas as circunscrições brasileiras de nossa Ordem, saímos de nossas fraternidades e esvaziando de nós mesmos fomos capazes de sentir a suavidade e a doçura do lançar a missão, confiante no cuidado de Deus por meio do povo que nos acolheu afetuosamente.

 

Eu, Frei Plínio Lukian Leite, tive a graça de saborear o impulso missionário nas seguintes comunidades: Comunidade Cristo Rei em Areinhas pertencente à cidade de Primeira Cruz - MA; e na Comunidade São Pedro nos Bairros Atins e Mandacaru na cidade de Santo Amaro – MA. Ambas as comunidades possibilitaram a mim uma vivência de fé em meio ao despojamento, uma alegria que surge do amor ao Evangelho, fazendo-me calçar as sandálias, caminhar na areia e sob o calor do sol ir ao encontro de cada família e em fraternidade aprender na simplicidade e na acolhida que a riqueza de viver a vida tem sentido na espiritualidade missionária, que vive e partilha o valor da vida. Vivendo a realidade de cada comunidade cristã, com e como os irmãos e irmãs, foi uma oportunidade única de enriquecer e aprofundar a relação com Jesus de Nazaré. No despojamento e na sensibilidade, por meio do Espírito Santo, fui agraciado com a alegria que vem da convivência com cada família das comunidades onde habitei, que me possibilitou experiências ricas de comtemplar à face de Deus na face e na vida dos irmãos que marcaram profundamente minha vocação, formando meu coração para a aprendizagem e vivência da igreja fraterna inspirada no Evangelho.

 

Unidos a Província do Maranhão, Pará e Amapá para “Lembrar, agradecer, comprometer os 400 anos de Missão da Primeira Cruz”, agradecemos a Deus pelas Santas Missões Capuchinhas, pela graça que a amada experiência sentida nas Comunidades São Pedro e Cristo Rei. Em louvor de Cristo, Amém!

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei Plínio Lukian Leite (Fraternidade São Francisco de Assis)

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