De pronto, pode ser estranho imaginar que um religioso use uma figura tão comercial, como o Papai Noel, para evangelizar. Mas o Frei Geraldo Sinestri, do Convento Santa Clara, em Taubaté, comenta que enxerga uma forte relação entre São Nicolau e São Francisco, e o amor que ambos tinham pelos pobres. “Neste natal me lembro muito de Francisco, que além de tudo também instituiu o primeiro presépio”, disse.
A inspiração para a simpática figura de barba branca e barriga grande vem do ano 280 d.C., em São Nicolau, um bispo turco que ajudava os pobres deixando próximo das chaminés de suas casas saquinhos com moedas. Em 1931, a “Coca-Cola” consagrou a representação que hoje conhecemos do Papai Noel, utilizando a cor do rótulo do refrigerante (vermelho) em suas vestes.
Durante o mês de dezembro, após um convite das “Arteiras de Santa Clara”, um grupo de senhoras que prepara artesanatos para venda no bazar do Convento, o Frei Geraldo está sendo conhecido como o “Frei Noel”.
Acostumado a confeccionar hábitos para os frades, desta vez a encomenda foi diferente: costurar uma veste de Papai Noel inspirada no hábito capuchinho: o cordão, com os três nós, é preto, como o cinto do Papai Noel; o capuz pequeno, que nomeia a Ordem capuchinha, se torna o gorro; e a barba branca, que há anos é a companheira de Frei Geraldo, dá o toque final da caracterização.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Paulo Henrique (Assessoria de Comunicação e Imprensa, São Paulo - SP)