FREI DAMIÃO DE BOZZANO (1898 - 1997)

1898
05/11 – Nasce em Bozzano, um vilarejo pertencente ao município de Massarosa, na Itália. Seus pais chamavam-se Félix e Maria Giannotti. Tinha seis irmãos: Cesare, Giusepa, Elisa, Averia, Lília (que tornou-se freira da Congregação das Zitinas) e Guglielmo (padre diocesano).
06/11 – Foi batizado com o nome de Pio Giannotti, na Igreja Matriz dos santos Próspero e Catarina, em Bozzano.

*Não se sabe a data exata da sua Primeira Comunhão (não há registros)

1908
15/06 – Recebeu o sacramento do Crisma, sendo oficiante o Cardeal Benedetto Lorenzelli.

1914
Maio – Ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, indo morar no convento de Villa Basilica.
11/06 – Deu início ao noviciado, recebendo o burel capuchinho.

1915
11/07 – Emitiu a profissão religiosa e recebeu o nome religioso de Frei Damião.

1916-1918 
Foi convocado e participou da I Guerra Mundial, acampado em Zara. Terminado o conflito, retornou à vida conventual.

1921
30/10 – Emitiu a Profissão Perpétua na Ordem Capuchinha.

1922 
19/02 – Recebeu a Tonsura na Capela do Pontifício Seminário Maior Romano, em celebração presidida pelo Cardeal Basilio Pompili.
01/03 – Recebeu as primeiras Ordens Menores e Clericais do mesmo Cardeal, na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
15/03 – Recebeu as últimas Ordens Menores na Capela do Pontifício Seminário Maior Romano.
23/12 – Foi promovido ao Subdiaconato na Basílica de São João de Latrão, em Roma.

1923
31/03 – Foi ordenado Diácono na Capela do Pontifício seminário Romano por Dom Giuseppe Palica, arcebispo de Filippoli.
05/08 – Foi ordenado Sacerdote na Igreja de São Lourenço de Bríndisi, em Roma, pela imposição das mãos e oração consecratória do Cardeal Basilio Pompili.

1925
28/07 – Concluiu os estudos na Universidade Gregoriana de Roma com o título de Doutor em Teologia, Filosofia e Direito Canônico.

1928 
Tornou-se formador e professor dos jovens religiosos da sua Província capuchinha de Lucca, e também professor no Seminário Diocesano de Massa.

1931
Maio - Chega ao Brasil juntamente com os freis Inácio de Carrara e Bento de Terrinca com o intuito de evangelizar a região Nordeste, passando a residir no Convento da Penha, em Recife.
26-29/09 - Realiza um Tríduo a São Miguel, padroeiro da Fazenda Riacho do Mel, em Gravatá-PE, sendo considerada a sua primeira Santa Missão. A partir desta, seguiram inúmeras missões em todo o Nordeste brasileiro.

1938-1948
Residia no Convento Santo Antônio, em Natal-RN, de onde partia para as Santas Missões.

1948-1983
Morava no Convento da Penha, em Recife-PE, seu lugar de repouso e de onde partia para o labor missionário.

1983
A partir desse ano passou a residir no Convento São Félix de Cantalice, no bairro do Pina, em Recife, ficando aí até seus últimos dias.

1997
31/05 – Faleceu no Real Hospital Português do Recife, com grande fama de santidade.
04/06 – Depois de uma missa com a presença de centenas de sacerdotes, muitos religiosos e uma multidão de fiéis, ocorrida no Estádio do Arruda, na capital pernambucana, foi sepultado na capela de Nossa Senhora das Graças, anexa ao Convento São Félix, no Pina.

2003
Teve início na Arquidiocese de Olinda e Recife o Processo de Beatificação e Canonização.

2012
Foi concluída a Fase Diocesana do Processo e a documentação levada à Roma.

2019
Recebeu o título de “Venerável”. O Santo Padre reconheceu que ele viveu em grau heroico as virtudes cristãs. Agora, falta somente a aprovação de um milagre para que seja beatificado.

Frei Damião evangelizou, especialmente, os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Sergipe. As Santas Missões duravam de sete a quinze dias, dependendo das necessidades do lugar. São marcas relevantes da Semana Missionária: a Santa Missa, o atendimento às Confissões, os Sermões e as visitas aos doentes e encarcerados. Multidões iam ao seu encontro para ouvi-lo e tocá-lo. Tinha fama de taumaturgo e conselheiro. Era estimado e reverenciado por pessoas de todas as classes sociais. Escreveu um único livro intitulado “Em defesa da fé”, com o objetivo de catequizar o povo. Ao morrer, deixou um sentimento de orfandade, pois muitos o tinham como um pai espiritual. Há diversos relatos de graças alcançadas e possíveis milagres, realizados por sua intercessão. Foi cantado por poetas e músicos e está presente em outras expressões culturais: da literatura de cordel às artes plásticas. Sua memória permanece viva. Tornou-se um ícone religioso e cultural do povo nordestino.

Autor e organizador: Frei Jociel Gomes, OFMCap - Vice-postulador da causa de Beatificação e Canonização de frei Damião de Bozzano