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18/04/2024

Bem-aventurado André Hibernão

Religioso da Primeira Ordem (1534-1602). Beatificado por Pio VI no dia 22 de maio de 1791.

 

André Hibernão descendia de nobre linhagem espanhola, mas seus pais, que viviam em Alcantarilla, perto de Múrcia, eram tão pobres, que o rapaz se empregou ainda muito jovem junto a um tio, para ajudar no sustento da família. Ele havia juntado pouco a pouco uma quantia suficiente para garantir um dote para a irmã e o levava em triunfo para casa, quando foi assaltado por dois ladrões que o privaram de tudo.

Amargamente desiludido, ele começou então a dar-se conta da precariedade das riquezas terrenas em comparação com os tesouros do céu, que são eternos. Entrou em uma casa dos franciscanos conventuais que deixou pouco depois, passando à reforma alcantarina, onde professou como irmão leigo. Procurou levar uma vida oculta de modéstia, humildade e oração, mas aprouve a Deus glorificá-lo, concedendo-lhe o dom da profecia e dos milagres. Muitos lhe deveram a conversão.

O santo homem predisse o dia de sua morte, que se deu em Gândia, quando ele contava 68 anos de idade. São Pascal Baílão e o Beato João de Ribera propagaram o nome de André, mas ele já era localmente venerado como santo ainda em vida, e foi beatificado em 1791.

Há uma vida escrita pelo Pe. Vicente Mondina, postulador da causa, Vita del B. Andrea Ibernon (1791), e veja-se também Léon, “Auréole Séraphique” (trad. para o inglês), vol. II, p. 77·83.