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26/08/2024

Bem-aventurado João de Santa Marta

Sacerdote e mártir no Japão, da Primeira Ordem (1578-1618). Beatificado pelo Papa Pio IX no dia 7 de julho de 1867.

 

João de Santa Marta nasceu perto de Tarragona, na Espanha. Aos 8 anos, era um coroinha cantor da Catedral de Saragoza: ele estudou latim e era conhecido por seu amor à música. Mais tarde, ele se tornou parte da Schola Cantorum da Catedral de Zamora. Logo ele entrou para a Ordem Franciscana.

O bem-aventurado se mostrou fiel à graça da vocação, buscou a perfeição e se tornou um modelo de virtudes religiosas. Ordenado sacerdote, Deus inspirou-o a se consagrar ao apostolado entre os povos pagãos. Ele partiu para as Filipinas com Frei Sebastian de São José e outros 30 missionários franciscanos, muitos dos quais dariam logo a vida depois de Cristo.

João passou das Filipinas para o Japão, onde abriu uma escola de música que reuniu mais de 400 alunos, aos quais ensinava órgão, canto e outros instrumentos. No Japão, exerceu durante 10 anos um intenso apostolado, evangelizando várias províncias. Ele foi coordenador da Missão de Fuscimi, onde ele se mostrou um verdadeiro apóstolo de Cristo, incansável no trabalho de evangelização. Amante da pobreza seráfica, vestindo uma túnica remendada, caminhava descalço, sem sandálias, mesmo no inverno. Sua virtude valeu-lhe a veneração dos cristãos e mesmo dos pagãos.

No momento da promulgação do decreto de perseguição, em 1614, Frei João de Santa Marta foi banido, mas logo voltou no Japão e, disfarçado de japonês, visitou as províncias de Arima e Omura, onde a perseguição foi mais violenta. O santo missionário visitava os cristãos em suas casas, fortalecia os inseguros, administrava os sacramentos, celebrava a Missa diariamente, mudando de lugares. À noite, ele se retirava a uma montanha, onde repousava.

Ele foi colocado na prisão, onde permaneceu por três anos com um sofrimento incalculável. O confessor de Cristo viu chegar o dia da última batalha. Enquanto estava sendo levado ao matadouro ainda falou do Evangelho e cantou o “Te Deum”. À chegada do local do martírio orou por seus perseguidores, levantou os olhos ao céu e ofereceu a cabeça para o machado do carrasco. Foi em 16 de agosto de 1618 e tinha 40 anos. Algumas partes de seu corpo foram recolhidas por cristãos e passaram a ser veneradas, realizando prodígios.

 

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.